Bragança Fernandes deixou o desabafo ao fazer um balanço da sua gestão à frente do executivo municipal, sobretudo devido à necessária construção de uma alternativa à Estrada Nacional 14 e das portagens na A41.
Referindo-se com mágoa ao adiamento constante da construção da alternativa à Estrada Nacional 14, o presidente da Câmara Municipal da Maia afirmou que o “governo não gosta dos maiatos”, porque se gostasse “não retirava a variante à Estrada Nacional 14, que estava em fase final de adjudicação. Empurrou com a barriga para a frente e não sei quando vai ser adjudicada, o que provoca para os industriais que têm empresas na zona muito sacrifício e prejuízos. É que a EN14 tem demoras de cerca de uma hora entre a Maia e a Trofa, sendo muito difícil de escoar o trânsito. Já ouço falar em arranjar esta estrada há mais de 20 anos”.
Bragança Fernandes não esquece as portagens da A41 e sentencia que são um “problema muito grave, que este ou outro governo que venha a seguir terá que resolver. É grave para os maiatos em geral e, sobretudo, para as empresas da Maia”.
“Estamos muito bem porque temos trabalhado de sol a sol”
Em entrevista ao grupo Canal 5, o balanço feito pelo autarca foi claramente positivo afirmando que foi conseguido “muito para a Maia, fruto de muito trabalho, pois é assim que eu sei estar… a trabalhar, trabalhar. Temos ótimas acessibilidades, conseguimos as linhas do metro, quatro autoestradas, 12 nós rodoviários, uma zona industrial ímpar, temos mais de 20 mil empresas no concelho, 4% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional é aqui produzido, estamos em primeiro lugar na Área Metropolitana em termos de produção para o PIB e também estamos no topo do ranking das exportações”, A base destes resultados assenta em muito trabalho, afirmando o autarca que “estamos muito bem porque temos trabalhado de sol a sol. Há uma coisa que eu não consegui e estou muito triste, foi a questão das portagens”
“Os maiatos e trofenses querem ser tratados da mesma forma que foram tratados os do Porto, Matosinhos”
Bragança Fernandes deixa o apelo ao Governo: “É altura de olhar para a Trofa, Maia e Famalicão e dizer – estas pessoas precisam da estrada e também precisam da linha do metro entre o ISMAI e o Muro, porque a linha tem que ter continuidade até à Trofa. Agora é um canal de esgoto que lá existe. Os maiatos e trofenses querem ser tratados da mesma forma que foram tratados os do Porto, Matosinhos, etc. É que a linha existia e foi retirada e já há muito tempo que devia ter sido reconstruída”.