“A Maia já investiu largas dezenas de milhões de euros no rio Leça”, garante o município.
Os municípios da Maia, Matosinhos, Valongo e Santo Tirso assinaram, no passado dia 30 de abril, com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), um Protocolo de Colaboração para concretização de ações de reabilitação da rede hidrográfica do rio Leça, no valor de 4 milhões de euros.
O valor será proveniente do programa REACT EU que, além do apoio económico para recuperação da Covid-19, “servirá também para investir no Pacto Ecológico Europeu e na transição digital”, explica o município ao NOTÍCIAS MAIA.
Ainda segundo informação da autarquia, enviada ao nosso jornal, este é um apoio ao qual a Associação de Municípios – O Corredor do Rio Leça se candidatará. “O Corredor do Rio Leça- Associação de Municípios será formalmente constituído, salvo algum imprevisto, durante o mês de maio”, explica a Câmara da Maia.
Segundo informação divulgada no Portal de Notícias da Maia, este Protocolo de Colaboração tem pensados planos como o aumento da qualidade da água, a estabilização de margens e beneficiação de habitat para espécies ribeirinhas em domínio hídrico, a reabilitação de infraestruturas, a contenção de espécies invasoras, a eliminação de pressões hidromorfológicas, a criação de espaços de inundação natural, ações de desassoreamento e intervenções para adaptação aos desafios das alterações climáticas.
“A Maia já investiu largas dezenas de milhões de euros no rio Leça”
O NOTÍCIAS MAIA questionou a Câmara Municipal sobre a totalidade do investimento no Rio Leça. Sem revelar um número certo, a autarquia garantiu que “a Maia já investiu largas dezenas de milhões de euros no rio Leça e nos seus afluentes”.
Mais ainda, explicou que “aquele que mais impacto produziu no rio foi, sem dúvida, a rede de recolha e tratamento de esgotos, que atualmente chega a 100% do nosso território”.
“A ETAR de Parada abrange um total de mais de 80 000 habitantes, tratando um caudal médio de 18 000 m3/dia, que, de outra forma, iria, direta ou indiretamente, parar aos lençóis freáticos ou ao rio Leça”, explica o município em resposta, concluindo que “esta rede de tratamento é um trabalho que nunca acaba”.
“Outros financiamentos se seguirão”
Sobre a assinatura deste protocolo, na própria cerimónia, Silva Tiago garantiu que “este protocolo vai contribuir para o financiamento do grande projeto metropolitano de recuperação do Leça para a fruição de todos”.
O autarca acrescentou ainda que “outros financiamentos se seguirão, certamente, pois trata-se de um projeto de grande fôlego, que já está, aliás, a concretizar-se no terreno, com a execução do Parque Fluvial de Alvura, em Milheirós e, com as empreitadas em curso na Maia e em Matosinhos, de construção do Corredor Verde do Leça, um percurso pedonal e ciclável nas margens do rio, que na 1ª fase ligará, ao longo de 7 km, a Ponte de Moreira, na Maia, à Ponte da Pedra em Matosinhos”.