A Estrada Nacional 2 recebeu, nos dias 21 e 22, a 18.ª edição das 500 Milhas ACP, uma das maiores provas de Regularidade histórica na Península Ibérica, que levou 65 equipas a percorrer a ligação entre Faro e Chaves. Prova do ACP Clássicos estendeu-se por 740 quilómetros e 16 horas, numa maratona de História e resistência.
Percorrendo os mais de 700 quilómetros da maior estrada da Europa, a Nacional 2, entre Faro e Chaves, este desafio pôs à prova as equipas, colocando-as a atravessar o país num périplo de mais de 16 horas.
Foram 65 as equipas a participar na prova, com automóveis clássicos construídos entre 1954 e 1976, configurando uma verdadeira viagem no tempo, descobrindo o território nacional.
No evento estiveram várias relíquias antigas, incluindo o Austin Healey de 1954, o carro mais antigo em prova, vários exemplares históricos da Porsche, Jaguar, Mercedes-Benz ou Alfa Romeo, três Alpine A110, e até um raro AC Aceca de 1960.
Vencedores das Categorias
Sancho Ramalho e António Caldeira venceram a Categoria G, tendo sido a formação que menos penalizou em todo o percurso, com um Alfa Romeo 2000 GTV. Perto da dupla ficaram Ricardo e Carlos Seara Cardoso, no Bond Equipe GT, numa prova que disputada até ao fim e que gerou incerteza até à entrada em Chaves, uma vez que Miguel Ferraz de Menezes e Rui Rola Martins ficaram a apenas 7,5 pontos do vencedor, num Alfa Romeo Junior Zagato.
Na Categoria F, Pedro Manso Pires e Luís Caetano (Austin Mini Cooper S) ergueram em Chaves o troféu do primeiro lugar, mas Carlos Brízido e António Costa (Porsche 911 E) estiveram bem perto do título, ficando a apenas 5,2 pontos, com Pedro Black e Suzana Freire D’Andrade (Volvo 122-S) a fecharem o terceiro lugar.
Já na Categoria E, reservada aos automóveis mais antigos, Pedro Carregosa e Ekta Sureschandre levantaram o troféu na cidade flaviense, ficando na frente de Frederico Valsassina e Vasco Mendes, enquanto o Porsche 356 de Fernando Carpinteiro Albino e Xavier Albino ficou para fechar o pódio.
Luís Cunha, secretário-geral do ACP Clássicos, demonstrou-se agradado com a competitividade da prova e a resistência de máquinas e pilotos desta 18.ª edição das 500 Milhas ACP: “Continuamos, felizmente, a ter uma parte significativa do nosso pelotão composto por automóveis dos anos 50 e 60, mas vemos também automóveis cada vez mais bem preparados e equipas com um grande nível desportivo. Foram registadas pouquíssimas falhas mecânicas, o que é de realçar num percurso de 740 quilómetros realizados num único dia. Atravessar a Estrada Nacional 2 é sempre um desafio especial, pela diversidade de paisagens e pelo apelo da condução”, afirmou Luís Cunha.