O clube Robotese, constituído por alunos da Escola Básica e Secundária de Ermesinde, é o grande vencedor nacional do projeto Switch UP, um desafio sobre educação para a eficiência energética lançado pela Galp nas escolas secundárias de todo o País.
O clube concebeu e instalou um dispositivo nas salas de informática que desliga de forma autónoma a corrente elétrica fora das horas de funcionamento e interrupções letivas. O projeto foi considerado o melhor a nível nacional e, como prémio, os alunos ganharam uma viagem de sete dias a Silicon Valley, nos Estados Unidos, onde terão oportunidade de visitar algumas das mais importantes empresas tecnológicas do mundo.
Tendo como foco o estímulo do espírito empreendedor dos alunos do ensino secundário de todo o País na área de eficiência energética, ,as escolas foram desafiadas a participar no projeto educativo mais recente da Galp – o Switch UP. De acordo com o júri, que avaliou e selecionou os vencedores da primeira edição do Switch UP, o melhor dos melhores trabalhos desenvolvidos no âmbito do projeto nacional foi realizado pelo clube Robotese, da Escola Básica e Secundária de Ermesinde.
O projeto do clube Robotese consiste:
- Na construção e instalação de um protótipo para cortar a corrente elétrica nas salas de informática, fora das horas de funcionamento e interrupções letivas, de forma autónoma, evitando, desta forma, desperdícios de energia;
- Criação de uma aplicação para telemóvel (ainda em desenvolvimento), que permite o controlo remoto do protótipo para cortar a corrente elétrica, evitando, assim, a necessidade de manusear o dispositivo presencialmente. Para esse efeito, equiparam o dispositivo com capacidades Bluetooth. Com esta aplicação será possível definir a hora em que a corrente é ligada e desligada, bem como reverter o equipamento para modo automático no final da utilização.
O dispositivo para cortar a corrente elétrica não requer manutenção adicional, salvo a natural substituição de componentes degradados. A única intervenção no equipamento, após a sua implementação, será a atualização do calendário escolar interno (no caso das escolas), que regula os períodos de atividade, que se altera anualmente e que pode ser colocado, facilmente, no cartão SD integrado no sistema. Ainda segundo os criadores deste sistema, o dispositivo é de muito fácil implementação e replicabilidade a nível de conhecimento técnico, custos e materiais necessários. O dispositivo apresenta ainda a possibilidade a ser adaptado a diversas instituições, não só educativas, e de dimensões variadas. Por todas estas características e potencialidades, o projeto do clube Robotese, desenvolvido no âmbito do Switch UP, foi o vencedor do primeiro prémio – uma viagem de sete dias a Silicon Valley, EUA, onde os alunos e o professor coordenador do seu projeto terão a oportunidade única de visitar algumas das mais importantes empresas tecnológicas do mundo.
Para além deste vencedor absoluto, foram também atribuídos prémios aos melhores trabalhos desenvolvidos pelos vários clubes nas categorias: “Atividade mais inovadora”, “Atividade com melhor uso da tecnologia”, “Atividade melhor comunicada”, “Atividade com maior número de pessoas envolvidas”, “Melhor mostra” e “Menção Honrosa”.
Outros prémios Switch UP
Na categoria “Atividade mais inovadora”, destacou-se o clube Solicair, do INETE – Instituto de Educação Técnica, em Lisboa, com um protótipo de carro eléctrico com sistema híbrido de carga a energia solar e eólica.
Na categoria “Atividade com melhor uso da tecnologia”, venceu o clube Renewable Minds, também do INETE, com um protótipo de turbina eólica aplicável em ambientes urbanos.
Na categoria “Atividade melhor comunicada”, a distinção foi para o clube LightSavers, da Escola Secundária de Estarreja, com um projeto de energia eólica para iluminação de escola e com uma campanha de sensibilização junto da comunidade escolar para um consumo mais eficiente de energia.
Na categoria “Atividade com o maior número de pessoas envolvidas”, foi premiado o clube Os Volts, do Agrupamento de Escolas Pedro Álvares Cabral, em Belmonte.
Aos clubes vencedores destas quatro categorias foi atribuído, como prémio, a participação no Web Summit 2018, em Lisboa, com bilhetes, viagem e estadia incluídos.
A “Melhor mostra” foi realizada pelo clube Ecochange, da Escola Secundária de Alcanena, com uma peça de teatro “A Magia da Energia”, sobre eficiência energética. Os alunos foram premiados com bilhetes para a Maker Fair 2018, em Santiago de Compostela.
A “Menção Honrosa”, não prevista em Regulamento, mas que em avaliação fez todo o sentido, coube ao clube Wattsen, da Escola Secundária José Saramago, em Mafra, pela promoção de uma campanha de sensibilização para um consumo eficiente de energia junto de turmas de alunos com necessidade educativas especiais (NEE). Como prémio, os alunos ganharam uma viagem pedagógica e personalizada de barco pelo Sado com as Guardiãs do Mar da Ocean Alive.
O Projeto Switch UP
Implementado em todo o país nas instituições de Ensino Secundário – públicas e privadas, incluindo escolas profissionais – este novo projeto educativo permitiu aos estudantes, com mais de 15 anos, responderem e participarem, pela primeira vez, nos desafios sobre eficiência energética lançados pela Galp.
Para esta faixa etária de alunos, a Galp considera importante potenciar o espírito empreendedor, a colaboração e o trabalho de equipa para o desenvolvimento de projetos na área de eficiência energética
Sob a forma de concurso, este projeto promove a constituição de clubes nas escolas para o desenvolvimento de projetos, discussão de ideias, envolvimento da comunidade e partilha de atividades relacionadas com a eficiência energética. As 200 primeiras escolas a inscreverem-se tiveram a oportunidade de ser premiadas com uma visita Switch UP, que consistiu numa ação formativa de apoio ao desenvolvimento dos projetos.
O projeto Switch UP é uma medida financiada pela ERSE, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, no âmbito do Plano de Promoção de Eficiência no Consumo de Energia Elétrica, e, com ele, a Galp reforça o seu compromisso com um futuro energético mais sustentável, junto dos estudantes que frequentam a escolaridade obrigatória, incorporando esta missão na sua estratégia.