A greve dos tripulantes de cabine levou a que apenas 2 dos 22 voos da Ryanair partissem esta manhã do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, segundo o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
Durante esta quarta e quinta-feira decorre uma greve europeia levada a cabo pelos tripulantes de cabine da companhia aérea Ryanair, que exigem a aplicação das leis nacionais.
Os trabalhadores exigem que a companhia aérea aplique a legislação laboral nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, ou garantia de ordenado mínimo e ainda que retire processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo dos aviões abaixo das metas definidas pela empresa.
Desde abril passado que a Ryanair tem estado envolvida numa polémica com a greve dos tripulantes de cabine de bases portuguesas, devido a ter recorrido a trabalhadores de outras bases para minimizar o impacto da paragem.
Para o SNPVAC, a Ryanair substitui ilegalmente os grevistas portugueses, recorrendo a trabalhadores de outras bases. A própria empresa admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira para fazer face à falta de trabalhadores portugueses que estavam em greve.
A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) desencadeou uma inspeção na Ryanair em Portugal para apurar as irregularidades apontadas pelo sindicato.