Entre as 00h00 e as 03h00 estará em vigor o alerta vermelho para a velocidade do vento. O furacão (o mais poderoso a atingir Portugal desde 1842) está a aproximar-se da Maia. Alerta em 13 distritos passou a vermelho. Siga os avisos e recomendações das autoridades.
Com a chegada anunciada do Leslie ao final da tarde de hoje, não corra riscos desnecessários. Prepare-se antes do que possa vir a acontecer… vento, chuva e agitação marítima. Pode haver queda de árvores e de estruturas mal fixadas (andaimes, painéis, etc.), inundações em zonas com mau escoamento de águas da chuva, estradas com pavimento escorregadio que dificultem a circulação automóvel, agitação marítima e ondulação forte que devem levar-nos a evitar a permanência em zonas da costa. Assim, todo o cuidado é pouco. Evite expor-se ao risco. Não facilite. Mantenha-se informado. Siga os avisos e recomendações das autoridades.
A Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) preparou um dispositivo em todo o país. O vento, a agitação marítima e a precipitação são os fenómenos que mais preocupam a ANPC que aconselha a população a “evitar ao máximo andar na rua” — sobretudo no período entre as 23h00 e as 4h00 da manhã –, especialmente em zonas costeiras e arborizadas. Os ventos podem chegar aos 180/190 km/h, o que, a confirmar-se, será um máximo histórico em Portugal, segundo o IPMA.
De acordo com a previsão do modelo do Centro Europeu, o Furacão Leslie irá começar a fazer-se sentir no território do continente a partir das 18 horas (UTC) na região da grande Lisboa, deslocando-se com a velocidade de cerca de 60 km/h para nordeste, perdendo intensidade e passando a categoria de tempestade pós-tropical. A passagem do LESLIE será marcada por vento forte e precipitação, pelo que é absolutamente necessário que sejam seguidas todas as indicações da Autoridade Nacional de Proteção Civil. O Centro Europeu é uma organização intergovernamental na qual Portugal é representado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Em Outubro de 1842, um furacão foi detectado a sudoeste da Madeira, tendo a tempestade avançado ao longo da costa de Marrocos até atingir o sul de Espanha. Em 2005, o furacão Vince chegou à Península Ibérica já como tempestade extratropical (com ventos mais fracos do que um furacão), atingido o Algarve e a província andaluza de Huelva, sem causar vítimas ou estragos significativos.
Habitualmente, no Atlântico Norte, as tempestades deste tipo formam-se a baixas latitudes em águas tropicais, mais quentes. As águas a oeste de Cabo Verde, bem como a região das Caraíbas, têm condições ideais para a formação de furacões durante o Verão e o Outono.