A Câmara Municipal da Maia deu início à implementação do BaZe – o primeiro território em que se pretende atingir um balanço zero em termos de emissões de carbono.
Com o apoio do Fundo Ambiental, que desafiou os municípios portugueses a apresentarem propostas para a criação de laboratórios vivos para a descarbonização, a Maia viu a sua proposta reconhecida com a segunda melhor pontuação a nível nacional iniciando-se, agora, a par de mais nove autarquias a fase de testes das diferentes soluções propostas.
Com este projeto, a Maia pretende fomentar a fomentar a descarbonização do seu território através da implementação de soluções tecnológicas que aumentem a eficiência e reduzam o consumo de energia, da cocriação de soluções inovadoras, sustentáveis e inclusivas que permitam melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e da mudança de hábitos relacionados com o consumo, mobilidade e logística.
Espaço de demonstração
O BaZe será implementado, na Cidade da Maia (Parque Central, na Praça Doutor José Vieira de Carvalho e nos edifícios presentes nesse “quarteirão”) e pretende ser um espaço de demonstração de soluções inovadoras para um ambiente de baixo carbono, numa lógica de interação entre o município, centros de conhecimento, empresas, indústrias e cidadãos.
O território estará, assim, ao dispor dos cidadãos, instituições e empresas para aí testarem soluções e produtos, em contexto real e com o envolvimento de todos. Este será, assim, um verdadeiro projeto de demonstração, onde serão testadas e selecionadas as melhores soluções para replicar, depois, em todo o concelho da Maia.
No âmbito do BaZe, será criado o BaZe_Oficina que resultará da reabilitação da adaptação um edifício no Parque Central onde será disponibilizado, para todos, um FabLab e um RepairCafé, bem como um espaço de ensino de programação e robótica para os alunos do pré-escolar e do ensino básico.
Soluções integradas e transversais
A proposta da Maia, passa pela integração de soluções nos domínios, entre outros, dos transportes e mobilidade, eficiência energética em edifícios, serviços ambientais inovadores e promoção da economia circular, numa lógica de interação entre o município, os centros de conhecimento, as empresas, as indústrias e os cidadãos. A cidade da Maia pretende assim afirmar-se um território em ambiente de baixo carbono, resiliente, acessível, participado e conectado.
Com a implementação do BaZe, será possível encontrar candeeiros que nos ajudam a medir emissões de carbono ou os níveis de ruído, a carregar o telemóvel, a estacionar, a ter acesso à internet, entre outras funcionalidades. Será ainda possível termos informação em tempo real sobre diferentes temas, gerir de forma eficiente a iluminação, a rega dos jardins ou a energia e água consumida nos edifícios. Assistiremos à produção de energia com o apoio do sol ou do vento, à produção de alimentos com métodos alternativos, ao tratamento de resíduos de forma diferenciadora ou à adaptação das coberturas dos edifícios para a instalação de jardins ou hortas.
BaZe – desenvolvimento em rede
O BaZe conta com diversos parceiros que incluem o ISMAI, a LIPOR, a AdEPorto, o Cidade+, a ARMIS, a BioRumo, a COMPTA, a EVCE, a INLOBULUS, a NEOTURF, a Associação Nacional de Coberturas Verdes, a OPERTEC, a QART, a SIEMENS, a OMNIFLOW e a SONERES. O número de parceiros e, consequentemente, de soluções a implementar deverá aumentar no curto prazo, atendendo ao elevado número de propostas que têm sido apresentadas à Câmara Municipal a Maia por parte empresas e instituições interessadas em se envolverem no projeto, dado o seu conceito considerado inovador e diferenciador.