O número de vítimas mortais em acidentes de viação na Maia aumentou, pelo terceiro ano consecutivo.
Em 2017 contabilizaram-se 8 vítimas mortais em acidentes de viação, no concelho da Maia, o dobro do registado em 2016 e o quadruplo de 2015. O número de feridos também aumentou, de 408 em 2016 para 464 no ano seguinte.
Estes são números divulgados pelo INE, que colocam a Maia no segundo lugar da Área Metropolitana nesta lista negra, apenas atrás do Porto (9 vitimas mortais e 1245 feridos).
À semelhança dos dados anteriores, também o número de acidentes sofreu um aumento de 2016 para 2017, na casa dos 20%, passando de 318 para 382 acidentes de viação onde se contabilizaram vítimas.
Portagens nas SCUT aumentaram acidentes nas estradas nacionais
A introdução de portagens nas ex-SCUT (sem cobrança ao utilizador) fez aumentar o número de acidentes rodoviários nas estradas nacionais. Esta é a principal conclusão de um estudo divulgado no ano passado pelo GEE – Gabinete de Estudos e Estratégia do Ministério da Economia, da autoria dos economistas Alfredo Marvão Pereira, Rui Marvão Pereira e João Pereira dos Santos.
“Observámos que os acidentes nas estradas nacionais subiram entre 7,2% e 9%, e os acidentes noutras estradas cresceram entre 7,6% e 7,7%”. Mais especificamente, este estudo do GEE apurou que a introdução das portagens nas ex-SCUT teve particular influência nos aumento dos acidentes rodoviários com danos corporais ligeiros, aumentando em 1.193 o número de vítimas desta categoria por ano.
Com base nas estimativas da Comissão Europeia (2008) para o custo provocado pelos acidentes rodoviários, o estudo do GEE defende que o custo provocado pelo aumento dos acidentes com pequenos danos corporais nas estradas nacionais após a introdução de portagens nas ex-SCUT é de 31,2 milhões de euros por ano.
Grande impacto económico
A sinistralidade rodoviária tem um impacto negativo de 1,2% do PIB. Cerca de 77% dos acidentes com vítimas mortais registaram-se dentro das localidades, de acordo com o Sol.
Nos primeiros dez meses do ano de 2018 foram registados mais 82,2% de autos de contraordenação face ao período homólogo do ano anterior. Em relação ao mesmo período, os números apontam ainda para um aumento de 791% de autos graves e mais 21% de autos cobrados.