Redução do peso da despesa corrente e aumento do investimento. As Grandes Opções do Plano foram aprovadas no passado dia 19, em Assembleia Municipal, prevendo para a autarquia cerca de 88M€, um aumento aproximado de 10%, relativamente ao exercício anterior.
Orçamento da área social cresce 8M€, incluindo educação e habitação. Rede viária recebe mais de 3,6M€ e mobilidade sustentável arrecada 3,4M€. Serviços Municipalizados de Água e Saneamento ficam com 22,7M€ e empresas municipais com 18,6M€, elevando o total a 129,3M€.
Em declarações realizadas em novembro passado, António Silva Tiago afirmou que “este orçamento reflete uma aposta nas funções sociais, nas pessoas e na família”. Numa nota enviada à comunicação social, o Presidente da autarquia afirma que ao conjunto das funções sociais, que engloba Educação, Ação Social, Habitação e Serviços Coletivos, a Câmara da Maia vai destinar em 2019 35,89M€, que representam mais de 40% do total da despesa prevista.
O líder da oposição, Francisco Vieira de Carvalho, considerou na altura, em declarações à Lusa, que o orçamento era “alicerçado em receita especulativa”, apontando que 12 milhões de euros são esperados pela venda de imóveis e 11 milhões são receita de candidaturas ainda não aprovadas na altura.
De entre as ações previstas no orçamento para o próximo ano, destacam-se candidaturas no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano , rede estruturada parqueamento de bicicletas, iniciativas no âmbito da mobilidade sustentável, prolongamento do ecocaminho, promoção da segurança e inclusão nos circuitos pedonais no acesso aos principais equipamentos escolares, criação de percursos pedonais acessíveis e integração de percursos cicláveis, reabilitação da Praça 5 de Outubro (Castêlo da Maia) e de outras vias da cidade e a implementação do Maia Smart Lab.
Os documentos foram aprovados por maioria, tendo existido 15 votos contra, distribuídos pela coligação PS/JPP, CDU e BE. Dois deputados abstiveram-se, sendo eles Clara Lemos (PAN) e Miguel dos Santos (PS/JPP). Presidente da Junta de Milheirós, eleita pela coligação PS/JPP, votou a favor do orçamento.