Agravamento dos prejuízos e aumento de capital, cujos pormenores ainda não são todos conhecidos, estão a penalizar a negociação em bolsa das acções da empresa de aglomerados de madeira. Títulos caíram quase 8%, num dia em que o volume voltou a ser superior à média.
É preciso recuar a Julho de 2013 para encontrar uma cotação tão baixa como a que a Sonae Indústria terminou a sessão bolsista desta segunda-feira, 12 de Maio de 2014. Nessa altura, os títulos da companhia de aglomerados de madeira estavam, tal como as empresas da banca, sob forte pressão da venda a descoberta, o chamado “short selling”, em que os investidores beneficiavam da desvalorização das acções.
As acções da companhia cujo principal accionista (51%) é a Efanor, de Belmiro de Azevedo fecharam novamente nos 45 cêntimos. Hoje, esse preço foi resultado da queda de 7,79%, que se seguiu a outras duas fortes quedas (13% e 7% na quinta-feira e sexta-feira). Na sessão de hoje, chegaram a descer, durante a sessão, aos 44, quando caíram perto de 10%.
A companhia tem estado em queda desde que, em meados de Janeiro, se aproximou dos 90 cêntimos, nomeadamente desde que abandonou o principal índice da Bolsa de Lisboa, o PSI-20, em Março passado.
As variações negativas do preço da cotada liderada por Rui Correia – que caiu hoje pela quarta sessão – têm acontecido em dias de forte troca de acções. O volume superou sempre, nas últimas três sessões, a fasquia de 1 milhão de acções negociadas (foi de mais de 3 milhões na quinta-feira, de quase 2 milhões esta segunda-feira). Há, portanto, uma pressão vendedora que se segue à apresentação de resultados e ao anúncio de aumento de capital. A média de acções transaccionadas por sessão nos últimos seis meses é de 778 mil.
No que diz respeito aos resultados, a Sonae Indústria voltou a apresentar, nos primeiros três meses de 2014, um agravamento dos prejuízos, para 26 milhões de euros. Resultados que chegam numa altura de reestruturação da empresa, após, aliás, vendas de fábricas em França.
Fonte: jornaldenegocios.pt