O jornalista Alfredo Maia é o número 3 da lista da CDU pelo Porto
Alfredo Maia, 57 anos, é jornalista no Jornal de Notícias. Iniciou a profissão em “O Primeiro de Janeiro”, em janeiro de 1981, integrando a sua Comissão de Trabalhadores e, em sucessivos mandatos, o seu Conselho de Redacção. Contou ao longo do seu percurso com diversas colaborações em órgãos de comunicação social, designadamente TVer, O Jornal/O Jornal Ilustrado, Sábado, Rádio Activa e Rádio Nova. Foi presidente do Sindicato de Jornalistas entre 2000 e 2014, sendo atualmente deputado Municipal na Assembleia da Maia. Assume-se como independente e é candidato a Deputado pela CDU.
Nas eleições legislativas de 2015 foi candidato a deputado pelo círculo eleitoral do Porto, na lista da CDU.
NM: Quais são as suas grandes prioridades para esta legislatura?
AM: Do riquíssimo programa do PCP destaco o aumento geral dos salários e especialmente do salário mínimo para os 850 euros; a reforma por inteiro com 40 anos de descontos; a garantia de creche gratuita; a redução para 6% do IVA sobre o gás e a electricidade; a concretização de uma rede de cuidados continuados e paliativos; e a generalização dos passes sociais em todo o país, tendo como objectivo a sua gratuitidade.
NM: Como vê esta convergência à Esquerda entre o BE, a CDU e o PS, nos próximos quatro anos?
AM: O reforço da CDU em votos e deputados é essencial à concretização de políticas de Esquerda. Quanto maior for a força do PCP, maior é a garantia de que nomeadamente o PS convergirá à Esquerda e de que, nas matérias nas quais tem estado refém da Direita, como é o caso da legislação laboral, o PS repensará as suas posições. Como bem assinala o lema da nossa candidatura, “avançar é preciso, andar para trás não!”
NM: O que pode o deputado Alfredo Maia fazer pela Maia?
AM: Directa ou indirectamente, a Maia será beneficiária das propostas que os deputados eleitos pela CDU no distrito vão apresentar – ou voltar a apresentar – como é o caso do prolongamento das linhas do Metro entre o Hospital de S. João e a Maia e entre o ISMAI e a Trofa; da eliminação das portagens nas ex-SCUT, que penalizam especialmente os maiatos; da regionalização; da promoção da agricultura familiar e da diversificação da indústria; da defesa do direito à habitação, com uma nova lei do arrendamento urbano, que trave a liberação e o abuso na fixação das rendas, um gravíssimo problema na Maia; e do reforço e adequação de meios para garantir a segurança das populações, área em que a Maia é deficitária.