A “Palavra do Ano” é promovida pela Porto Editora e votada online pela população. Este ano, entre as habituais 10 opções, foi “violência doméstica” a palavra que, para os portugueses, mais marcou o ano 2019.
A “Palavra do Ano” é uma iniciativa promovida pela Porto Editora que acontece desde 2009. Todos os anos, no digital, é aberta uma votação ao público em geral para escolher qual foi a palavra que mais marcou o ano que passou. Este ano, o desafio registou 20 mil votos que decidiram que “Violência doméstica” seria a palavra eleita. Entre as opções estavam: desinformação; influenciador; jerricã; lítio; multipartidarismo; nepotismo; seca; sustentabilidade e trotinete.
Segundo fonte da Porto Editora, a “Palavra do Ano” são duas palavras porque se trata de um “composto que traduz uma ideia”. A escolha de duas palavras aconteceu pela primeira vez este ano mas, segundo a mesma fonte, por várias vezes já foram a votos abreviaturas como “FMI” ou “TSU”. No caso do ano de 2019, o conceito só estaria explícito se fossem usadas as duas palavras.
Lembre-se que, em 2019, foram mortas 35 mulheres, homens e crianças em Portugal no contexto de violência doméstica. Um número avassalador que não passa ao lado da maioria dos portugueses e que contribui para a escolha desta “Palavra do Ano”.
Apesar de não haver registo de mortes em contexto de violência doméstica no concelho da Maia, facto é que, durante o ano, foram identificadas dezenas de situações de violência doméstica.
Em 2018 a palavra escolhida foi “enfermeiro”, em 2017 “incêndios”, em 2016 “geringonça”, em 2015 “refugiado”, em 2014 “corrupção”, em 2013 “bombeiro”, em 2012 “entroikado”, em 2011 “austeridade”, em 2010 “vuvuzela” e no ano de estreia, em 2009, foi a palavra “esmiuçar”.
Sobre a “Palavra do Ano”
“A “Palavra do Ano” é uma iniciativa da Porto Editora que tem como principal objetivo sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, património vivo e precioso de todos os que nela se expressam, acentuando, assim, a importância das palavras e dos seus significados na produção individual e social dos sentidos com que vamos interpretando e construindo a própria vida.”