Linhas B e C do Metro do Porto vão regressar à normalidade
A avaria, que terá levado ao descarrilamento de uma composição na estação de Campanhã terá sido detetada há um ano mas só agora estará completamente corrigida.
O problema manifestou-se no sistema que auxilia a travagem dos veículos adquiridos em 2008. Por segurança, foi determinado que as composições não podem passar os 60 km/h até a situação estar completamente resolvida.
A Metro do Porto divulgou que na segunda-feira será retomada a normalidade na disponibilidade de viaturas e cumprimento de horários, após concluir as reparações nos 32 veículos com problemas.
Desta forma serão disponibilizados mais veículos duplos nos serviços de horas de ponta das linhas B e C, as mais afetadas, pois dependem da disponibilidade da frota destes veículos tram-train.
Num primeiro momento, ambas as linhas foram afetadas por atrasos causados pela diminuição da velocidade máxima de circulação e da necessidade de, antes de cada viagem, ser realizada uma inspeção visual às composições.
A partir de Novembro de 2019, em resultado de um estudo encomendado ao Inegi – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Industrial da Universidade do Porto, a subconcessionária foi retirando de operação, de forma programada, os veículos afetados, para substituição das peças nas oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário em Guifões, Matosinhos.
Assim, e para além da pressão colocada pelo Programa de Apoio à Redução Tarifária, os clientes destas linhas viram-se prejudicados por uma forte diminuição da capacidade de transporte. Entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020, o aumento da procura foi de 20%, em média, em toda a rede. Na linha B foi de 27% e de 19% na Linha C.
As novas unidades já encomendadas aos chineses da CRRC Tangsthan, devem entrar ao serviço, ao ritmo de uma por mês, a partir do primeiro semestre de 2021. No entanto, uma parte considerável dessas 18 composições vai acabar por cobrir as necessidades resultantes da entrada em funcionamento, em 2023, dos dois novos troços da rede, em Gaia e no Porto, cujas obras devem arrancar ainda em 2020.