O mês de março traz-nos o Dia da Mulher. O Notícias Maia não quis deixar passar o dia em branco e foi ao encontro de 6 maiatas que se destacam nas suas áreas, para conhecer as mulheres além da profissão. Fizemos as mesmas perguntas a cada uma destas personalidades e, em comum, encontramos a determinação e o orgulho em se ser mulher. Hoje falamos de Carolina Torres, atriz, apresentadora e cantora.
Notícias Maia (NM): Em poucas palavras, para ti, o que significa ser mulher?
Carolina Torres (CT): Durante muito tempo, infelizmente, era um bocado um obstáculo a ser ultrapassado, porque eu queria andar de skate ou ter uma banda e supostamente essas eram coisas “de rapaz”. Essa inibição fazia-me confusão e acabei por ceder um bocado ao preconceito e a não fazer algumas das coisas que queria por isso. Acho que há um equilíbrio que nos está a escapar. Hoje posso dizer que ser mulher é um desafio diário e que adoro desafios.
NM: Uma mulher que vejas como referência na tua vida?
CT: Acho que a minha avó, minha mãe e a minha tia serão sempre pessoas que admiro. As mulheres da minha família são incrivelmente inteligentes e fortes. São práticas a resolver problemas ou conflitos e conseguem ser extremamente carinhosas e empáticas.
NM: Uma coisa que gostas de fazer e que as pessoas não sabem?
CT: Esta deve ser a pergunta mais engraçada que me fizeram! Mas se calhar cozinhar será a melhor resposta. Poucas pessoas sabem que adoro cozinhar e a verdade é que adoro mesmo! Todos os dias me sabe bem, principalmente se cozinhar para alguém porque acho que é das maneiras mais bonitas de se mostrar afecto e cuidado.
NM: O principal objetivo que ainda queres cumprir na vida?
CT: Principal objectivo talvez seja fazer música minha e que me preencha, o que torna tudo mais complicado visto que tenho uma ideia considerada alternativa no que toca à indústria musical que temos hoje em dia. Será algo que quando surgir me fará com certeza bastante feliz.
NM: Qual é o caminho que ainda falta percorrer para entendermos o homem e a mulher como iguais?
CT: O caminho que acho que devemos percorrer é acima de tudo que não deixemos que nos definam pelo nosso género. Não temos de fazer de conta que somos iguais, os homens e as mulheres são diferentes em várias coisas e eu acho isso incrivelmente bonito! Devemos sim celebrar as nossas diferenças e permitir que as pessoas se identifiquem mais ou menos ou nada com o género que lhes calhou!