Chama-se Centro Europeu de Estratégia Política e é uma espécie de think tank do novo presidente da Comissão Europeia. Jean-Claude Juncker selecionou seis áreas estratégicas do seu mandato e convidou Silva Peneda, o presidente do Conselho Económico e Social e seu velho amigo, para o apoiar numa delas: a dos Assuntos Sociais.
Serão ainda convidadas cinco outras personalidades para trabalharem como consultores de Jean-Claude Juncker nas pastas da Economia, Desenvolvimento Sustentável, Negócios Estrangeiros, Funções Institucionais e Comunicação. A ideia é recuperar uma estrutura flexível de consultores criada por Jacques Delors, ao mesmo tempo que extingue um Gabinete de Conselheiros de Política Europeia, o BEPA, que constituía um dos departamentos da Comissão Europeia.
Silva Peneda está a “ponderar o convite”, mas garantiu que pretende terminar o seu mandato na Concertação, que só acaba com o fim da atual legislatura, ou seja, em meados do próximo ano.
O mandato do presidente da Concertação Social é atribuído por maioria parlamentar de 2/3 e pode ser exercido em acumulação de funções. A manter-se à frente do CES, Peneda ocupará o lugar em Bruxelas a título gracioso e, naturalmente, a tempo parcial. Só no final do mandato se deverá fixar em Bruxelas e usufruir do vencimento, assim como da equipa a que tem direito como membro do Centro Europeu de Estratégia Política.
Recorde-se que Silva Peneda foi um dos nomes falados como candidato a comissário europeu e até assumiu publicamente ter interesse no cargo, que o primeiro-ministro Passos Coelho acabaria por atribuir a Carlos Moedas.
Fonte: expresso.sapo.pt