O Tribunal de Aveiro começa a julgar na próxima segunda-feira um homem, de 29 anos, suspeito de ter sequestrado e violado uma ex-companheira, por não aceitar o fim da relação que durava há cerca de seis meses.
Segundo a acusação deduzida pelo Ministério Público (MP), os factos tiveram lugar na noite de 23 de outubro de 2010, quando o suspeito se dirigiu à residência da ofendida, em Ovar, no distrito de Aveiro, acompanhado por um amigo, de 23 anos.
O MP diz que os dois homens forçaram a entrada no apartamento e atiraram a mulher ao chão, amarrando-lhe os pulsos e os pés e tapando-lhe a boca com fita adesiva.
De seguida, embrulharam a vítima num lençol, pegaram nela e saíram de casa, colocando-a na bagageira do seu carro, descreve o MP.
Depois de circularem alguns minutos, os arguidos transferiram a mulher para a bagageira do carro do seu ex-companheiro e transportaram-na até um descampado no concelho da Maia, no distrito do Porto.
De acordo com o MP, os arguidos retiraram então a ofendida da bagageira e, nessa altura, o principal suspeito terá agredido a ex-companheira com bofetadas e pontapés, dizendo-lhe que queria que ela sofresse e sentisse o que ele estava a sentir por ter terminado o relacionamento amoroso.
De seguida, os agressores obrigaram a vítima a entrar novamente no carro e transportaram-na até uma garagem da residência do principal suspeito, na Maia, tendo, entretanto, o arguido mais novo saído, quando passaram perto da sua casa.
Ainda segundo o MP, a vítima dormiu com o ex-companheiro na referida garagem, onde aquele obrigou a ofendida a manter relações sexuais consigo, aproveitando o clima de receio que aquela vivia.
A mulher acabou por ser libertada na tarde do dia seguinte, quando o suspeito foi detido pela PSP, no exterior da sua residência.
O principal arguido está acusado de um crime de sequestro agravado, um crime de violação, um crime de coação agravado, um crime de roubo qualificado e um crime de furto de uso de veículo.
O seu cúmplice responde por um crime de sequestro agravado, um crime de furto de uso de veículo e um crime de coação agravado.
Fonte: tvi24.iol.pt