1.- a ingratidão não existe. existe é uma não-gratidão ou uma anti- gratidão. associar a gratidão com um prefixo in constitui uma impossibilidade. assim como existe uma impossibilidade matemática. e existe quando qualquer numero zero. somado não constitui qualquer alteração à operação. multiplicado regista zero. zero é assim um fator importante. elimina a possibilidade de alteração numérica. resiste à soma algébrica. elimina a multiplicidade. o que se passa com in no caso da gratidão. o prefixo nada soma. o prefixo anula a multiplicidade. visto de outra forma. dada a gratidão em semântica associando o prefixo nada possuiu. multiplicando anula a gratidão. ora a gratidão não se anula em si. antes fortalece a multiplicidade e a unidade. se assim não for não existe uma soma de palavras conjugadas. a ingratidão é sempre uma volumetria incestuosa. por isso não existe. existe uma negativa. existe um não. não-gratidão. anti gratidão. aliás uma não-gratidão é sempre uma anti- gratidão. a ingratidão é uma inviabilidade. já a (in) gratidão constitui um pressuposto. a anti gratidão. como força de desonestidade coerciva e não-natural. a existir a ingratidão seria um substantivo feminino. falta de gratidão e de reconhecimento. qualidade ou ação de quem é ingrato. mas ninguém é ingrato. quando tiver esta expressão é porque constitui uma direção e um sentido. sem um sentido não teria força. como não tem sentido não existe força. a anti gratidão possui sentido e força. sentido em relação ao não grato. força nesse sentido. e possui. possui porque fere. e fere porque tem ação de ser estendida.
2.- a anti gratidão dirige-se ao outro ser ontológico. possui a grandeza de o ferir. contém o não-amor. e o não-situado. o ser é vivo. quer seja humano ou vivente. é ser. quando se dirige a outro ser sem ondas do mar. que banham e regeneram. ou areia polida pelos pés dos seres. coloca-se como anti natureza. porque o ser é ontológico significa vida. ora será uma anti vida. a anti gratidão é equacionável como anti vida. então significa sem vida. sem querer. mas a anti gratidão nem poderá possuir uma anti vida ou anti querer. se o tivesse media-se. mas ela tem uma ponderabilidade zero. zero significa um não. como foi já verificado. zero na medida em que não soma ser ontológico. zero porque não multiplica o ser ontológico. como tal significa uma anti vida. ora anti vida sem vida é o contraponto do não-existe. mas se existe é porque soma. o resultado pode ser zero. zero com o significada da impotência de ser ontológico. então talvez exista uma (in) gratidão. entendida como anti gratidão.
3.- sendo a ação que origina a gratidão ser vivo e ontológico. então a anti gratidão é desuna e não multiplicativa. porque se refere a seres ontológicos que biunivocamente se definem. se isto é verdade. existe uma certeza. para tal possui uma evidência. assim o ingrato não existe. a ingratidão também não. porque reforça uma não vida no ingrato. se este possui uma não vida então não vive. é um simulacro de viver. não uma existência negativa. constitui um nulo. um nulo que não fala. não comunica. não existe. mas existe. por isso constitui negação de si. do ser.
4.- fica verificado que o ingrato não existe. a ingratidão também não. existe é uma ação ou omissão anti vida do ser ontológico. por isso a (in) gratidão do ser que não é grato. o (in) grato ou a (in) gratidão diz respeito ao próprio. não ao outro que é o sujeito da ação originante da gratidão. assim a (in) gratidão define uma ação contra o ser ser que não vive. é uma ação omitiva que se desfaz perante o muro da razoabilidade da vida. o ser sujeito antecedendo o ser verbal é anulado por si próprio. não pelo outro. dá-se a (in) gratidão. melhor a anti gratidão. porque o ser não é ser. mas tem vida. contrassenso da pesquisa. um ser que não é ser. porque não exercita a gratidão. não é um verme. porque o verme também tem dignidade de vida. é um lamento na humanidade. por isso a (in)gratidão o (in) ingrato não é. dever dos gratos fazerem sentir aos (in) gratos a sua não existência. como sujeitos de vida. só assim voltam a ter vida.
Joaquim Armindo
Doutorando em Ecologia e Saúde Ambiental
Mestre em Gestão da Qualidade
Diácono da Diocese do Porto