A câmara da Maia tem expectativa de que a primeira fase das obras de alargamento do sublanço da autoestrada A4, que implica a construção de um novo túnel em Águas Santas, esteja concluída dentro de um ano.
Em declarações à agência Lusa o presidente da câmara da Maia, Bragança Fernandes, confirmou que tem vindo a falar com o dono de obra, ou seja a Brisa, e que a obra que será dividida em duas fases, sendo que a primeira começa este mês.
O autarca explicou que o arranque da empreitada – que no total terá a duração de “aproximadamente” dois anos, devendo custar cerca de 23 milhões de euros – será dado com o alargamento do túnel na parte norte e com a construção de uma terceira faixa de rodagem. A ideia passa por, no final, passarem a existir três passagens (atualmente existem duas), ficando uma dela para emergência.
“Acho muito bem que façam uma nova faixa de emergência. Todas as medidas preventivas que se possam fazer para acudir a acidentes no túnel são bem-vindas”, considerou Bragança Fernandes.
A câmara da Maia também está a trabalhar na deslocação de cerca de dez famílias de etnia cigana que moravam num terreno que a Brisa precisará de ocupar.
O realojamento, que será feito num empreendimento na Rua dos Coriscos, área inserida numa zona agrícola, deve ficar concluído “dentro de um mês ou dois”, disse Bragança Fernandes, que destacou o facto de “agora as pessoas passarem a viver com condições e com dignidade, com higiene e com segurança”.
Quanto à segunda fase da obra que a Brisa tem projetada para a A4, zona Águas Santas/Ermesinde, essa deverá avançar no verão de 2016 e essa inclui o alargamento da via e infraestruturas na zona da Granja e da Pícua.
“A Granja em si vai mudar de panorama. Depois não vamos conhecer a Granja”, referiu o presidente da câmara da Maia, considerando “muito importante” que os responsáveis deem “continuidade” à variante atual, bem como “façam os caminhos de circulação que estão por fazer”.
“Por exemplo, existe uma ponte pendurada que tem o corpo mas não tem os braços, ou seja está construída mas não tem acessos. Há que termina-la”, disse o autarca referindo-se a uma ponte destinada à circulação de carros e com passeios para peões junto à Rua Manuel Francisco de Araújo, também na Granja.
Por fim, questionado sobre eventuais constrangimentos durante as obras, bem como sobre as mais-valias desta empreitada para o concelho da Maia, distrito do Porto, Bragança Fernandes destacou a “fluidez do tráfego”.
“Durante não haverá problemas com trânsito pois a obra será feita em zona sem trânsito e não interfere com faixas de rodagem. E isto é importante para o trânsito que circula na autoestrada e para a Maia vai resultar em fluidez de tráfego”, concluiu.
O acordo entre a Brisa e a câmara da Maia, uma vez que a empresa teve de usar terrenos do concelho, incluía também a construção de uma escola e de um polidesportivo que estão já em funcionamento.
Fonte: portocanal.sapo.pt
1 comentário
Deviam aumentar para duas faixas de rodagem a saída de Ermesinde na A4 direcção Porto – Vila Real. Eliminar as antigas portagens também ia ajudar a fluir mais o trânsito. Quem passa ao fim do dia nesta zona sabe bem ao que me refiro. O problema é depois do túnel o que facilita mais uma solução.