Os serviços da Protecção Civil foram esta quinta-feira alertados por moradores de vários concelhos do Grande Porto, com perguntas sobre um cheiro intenso a gás que se sentia em pontos localizados a vários quilómetros de distância uns dos outros, e que se verificou ter origem na refinaria da Petrogal, em Leça da Palmeira. O primeiro alerta chegou ao Centro Distrital de Operações de Socorro do Porto por volta das 18h15.
No entanto, constatou-se que não estava em causa qualquer fuga de gás, como se chegou a recear, mas sim a libertação de um cheiro decorrente de um procedimento normal de limpeza de condutas. Neste processo, a Petrogal inseriu nas suas condutas um químico cuja combustão foi a causa do cheiro intenso. O alastrar do odor deveu-se à orientação do vento, que o levou para terra, tendo sido sentido em Matosinhos, Maia e Porto. O cheiro a gás levou, inclusive, a que fossem accionados os procedimentos de segurança internos da Unicer, em Leça do Balio, a cerca de 14 quilómetros de distância, resultando na evacuação de edifícios daquela empresa.
A Câmara Municipal da Maia publicou uma mensagem na sua página da Internet, na qual se pode ler que, “fruto do cheiro anormal que está a assolar grande parte do concelho, e que tem provocado inúmeras solicitações de informação junto dos serviços municipais, a autarquia está em condições de informar a população maiata que esta ocorrência se deve a uma fuga de gás numa fábrica de Matosinhos. Esta ocorrência já está a ser objeto de intervenção pelas entidades competentes e acompanhada pela Proteção Civil de Matosinhos, não havendo qualquer perigo para a saúde pública, além do incómodo que este cheiro intenso está a causar”.
Fonte: publico.pt