O Orçamento Suplementar para responder à crise causada pela pandemia foi, esta quarta-feira, aprovada em Parlamento com votos a favor do PS e abstenção do PSD, BE, PCP, PAN, PEV e votos contra do CDS, Chega e Iniciativa Liberal.
O Governo viu ser aprovado o Orçamento Suplementar para enfrentar a crise provocada pela pandemia de Covid-19, com apenas os votos a favor do PS. Todos os partidos à Esquerda do PS abstiveram-se, tal como o PSD, enquanto os partidos à Direita dos Social Democratas, votaram contra.
Rui Rio anunciou que a bancada laranja iria viabilizar o Orçamento, com os social democratas, pela voz de Afonso Oliveira, a deixaram críticas a Mário Centeno pela escolha do período em que decidiu sair do Governo.
Catarina Martins, do BE, afirmou que este Orçamento “fica aquém do necessário, não basta prolongar as medidas, é necessário um novo patamar no apoio à economia”.
Do lado do PCP, Paula Santos sublinhou que este Orçamento “fica muito longe da resposta necessária aos problemas que resultam do surto epidémico e do seu aproveitamento pelos grupos económicos, que conduziram a abusos no plano dos direitos dos trabalhadores, ao aumento da exploração, ao corte nos salários, à destruição de postos de trabalho”.
O CDS vota contra e Cecília Meireles apontou que “o PS e o Governo começam a ter alguns tiques de autoridade, ou autoritarismo, que não são bom remédio para sairmos desta crise”, referindo que o Executivo reage com “crispação” e “irritação” a críticas.
Iniciativa Liberal também vota conta o Orçamento. João Cotrim Figueiredo explica que existem “problemas sérios” no diploma, apontando falta de transparência, que é “incoerente” e que “não vislumbra qualquer estratégia de retoma” da economia.
O Chega votou contra e André Ventura perguntou como é que o Orçamento retificativo do PSD/CDS, no tempo de Vítor Gaspar, era “pura propaganda” e agora é a “salvação” do país. O deputado perguntou ainda se o Governo vai disponibilizar mais dinheiro para o Novo Banco e para o Montepio e se ia dar um subsídio de risco aos profissionais que estão na linha da frente.
O líder do Chega afirmou ainda existir um “elefante na sala”, que acusou ser Pedro Nuno Santos, o Ministro que tem a tutela da TAP.