A Critical Software sai no final do Verão do TecMaia e vai para a antiga sede da EDP renováveis, na Baixa do Porto. A unidade que actualmente funciona no TecMaia vai ser transferida, permitindo que uma outra empresa do grupo também instalada neste pólo de serviços da Zona Industrial da Maia ocupe as instalações que ficarão vagas. O líder e co-fundador da Critical, Gonçalo Quadros, está entusiasmado com a mudança para o centro do Porto, e espera num ano e meio duplicar, para cerca de duzentos, o número de pessoas, qualificadas, a trabalhar nos novos escritórios a poucos metros da estação de metro da Trindade.
Depois de ter criado com as empresas tecnológicas Blip e Farfetch a associação Porto Tech Hub, Gonçalo Quadros acredita que esta mudança da Critical Software para a Baixa do Porto ajudará a aumentar a visibilidade da cidade, que se tem assumido, com iniciativas várias, como um pólo de geração, desenvolvimento e apoio ao crescimento de novos negócios nas indústrias criativas e na área tecnológica. “Temos de estar perto das melhores universidades em Portugal”, acrescenta, assinalando que o centro do negócio da empresa são “as pessoas, o talento, a qualificação”.
A Critical Manufacturing, unidade fundada por antigos quadros da Quimonda e à qual a Critical se associou, trabalha com indústrias de alta tecnologia, e tem uma actividade marcadamente global, com subsidiárias em Dresden, na Alemanha, Suzhou, na China, Austin, nos EUA e um escritório comercial em Taiwan. “Eles têm necessidade de crescer. Nós, na Critical Software também. Como isto, na Maia, é um meio industrial, faz sentido eles permanecerem aqui, e faz sentido que nós passemos para o centro do Porto, onde o ambiente está vibrante na área das tecnológicas”, explica Rui Barreira, gestor operacional de uma das equipas da Critical.
Gonçalo Quadros espera que esta mudança acabe por ser positiva para toda a equipa, que passa a ter acesso a um meio de transporte sustentável, e a todos os serviços existentes no centro do Porto, onde se vem formando um ecossistema favorável à inovação, às start up’s (que tem no Pólo Tecnológico da Universidade do Porto, o UPTEC, o melhor exemplo) mas também aos negócios em fase de crescimento, os Scale Up, para os quais a cidade montou uma estratégia de apoio, na qual a Critical pode ter, também, um papel. Entre a captação de talentos e a associação a novos projectos, como parceiro ou fornecedor de serviços, a empresa vê a Baixa como o melhor sítio para se instalar, e está só à espera que terminem as obras de remodelação no edifício para se mudar para a nova casa.
Fonte: publico.pt