Ângelo Ramalho revelou que o caso Luanda Leaks provocou um “bloqueio bancário” que está a paralisar a empresa e que existem “cerca de 30 manifestações de interesse” na compra da posição de Isabel dos Santos.
Em entrevista à Rádio Observador, Ângelo Ramalho, CEO da Efacec, afirmou que a empresa já recebeu quase três dezenas de “manifestações de interesse” de várias geografias e da parte de investidores com vários perfis, desde o industrial ao financeiro. “Estas manifestações de interesse são de várias geografias: Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Médio Oriente, EUA e Portugal”, acrescentou.
Recorde-se que a Efacec se encontra nesta posição porque Isabel dos Santos decidiu abandonar a empresa e colocar à venda a sua participação de 67,2% no mercado. As propostas vinculativas terão de ser entregues até 26 de junho.
Esta saída de Isabel dos Santos da Efacec surge no seguimento do caso Luanda Leaks, onde a empresária e filha do ex-presidente de Angola está a ser investigada por, alegadamente, ter retirado dinheiro público angolano através de paraísos fiscais.
Neste sentido, e por estar a decorrer esta investigação, Ângelo Ramalho afirma que o caso provocou um “bloqueio bancário” que dura desde o início do ano e que está a paralisar a empresa.. “Estamos há seis meses sem relação fluída com a banca“, disse o CEO.
Ângelo Ramalho reconhece que “nada pior pode acontecer a uma organização empresarial do que ter um acionista fragilizado” visto que essa fragilidade afeta a confiança e a reputação da empresa. “O nosso desejo é que este processo se materialize em ofertas que interessem a todas as partes e que garantam a prioridade da empresa”, concluiu o CEO.
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