Alguns trabalhadores da empresa Fico-Cables dizem ter sido obrigados pela empresa a tirar férias em período de lay-off.
Alguns trabalhadores e SITE-Norte estiveram esta segunda-feira em frente à empresa Fico-Cables em protesto. Os trabalhadores dizem ter sido obrigados pela empresa a tirar férias em período de lay-off e o sindicato juntou-se a eles para um protesto na porta das instalações da fábrica de acessórios e equipamentos industriais, na Maia. A representatividade dos funcionários era escassa visto que, dos mais de 1 000 colaboradores da empresa, não estavam nem 10 pessoas na iniciativa organizada pela CGTP.
Segundo reportagem do Porto Canal no dia do protesto, os funcionários dizem-se desrespeitados pela empresa. Explicam que, depois de um período em lay-off, alguns regressaram ao trabalho mas, passado poucos dias, foram novamente mandados para casa. E, além disso, terão sido avisados, com menos de uma semana de antecedência, de que iriam ficar de férias contrariando o plano de férias inicial.
De acordo com comunicação publicada pela CGTP, a ação teve como objetivo “denunciar e contestar a marcação de férias que a empresa quer impor aos trabalhadores“. Miguel Ângelo Pinto, coordenador do SITE-Norte, em declarações ao Porto Canal, garantiu que “muitos [trabalhadores] continuam em lay-off” e que “a empresa mudou os planos de férias e obrigou os trabalhadores a gozar férias em período de lay-off”. O representante deste sindicato alertou que “esta empresa não é caso único” e que a o comportamento da entidade empregadora é “um ataque aos direitos mais elementares dos trabalhadores”.
A empresa não prestou declarações por considerar que “o grupo não é representativo da posição de mais de 1 000 trabalhadores da empresa”.
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