O Sporting revelou, em comunicado, ter recebido uma notificação judicial avulsa por parte do futebolista Bruma informando o clube de que se encontra “livre de qualquer compromisso desde 30 de junho último”.
O clube já informou a Comissão de Mercados de Valores Mobiliários dessa notificação judicial, no mesmo dia em que advogado do jogador, Bebiano Gomes, anunciou ter avançado com um processo judicial para que o internacional sub-20 português fosse considerado um jogador livre.
No comunicado, a administração da SAD chama a atenção para o facto de a notificação em causa ter sido remetida hoje, dia 11 de julho, para o clube, sendo a mesma relativa ao passado dia 30 de junho, o que “revela bem a conduta de quem aconselha o jogador”.
“A SAD reafirma que o contrato de trabalho em vigor com o jogador se encontra devidamente registado nas instâncias competentes e estabelece que o mesmo cessará a 30 de junho de 2014”, pode ler-se no comunicado, no qual a SAD acrescenta que a indemnização definida para a cessação antecipada do contrato “ascende ao montante de 30 milhões de euros”.
De acordo com a SAD “leonina”, o processo de renovação contratual de Bruma tem sido “afetado pelas intervenções sucessivas de diferentes representantes do jogador”, pese embora “os esforços desenvolvidos pelo Sporting e pelo desejo expresso do jogador para renovar a ligação ao clube”.
O Sporting informa ainda que, face “aos diversos intervenientes e diferentes versões por parte do jogador e dos seus representantes”, solicitara uma reunião com todas as partes interessadas “para um esclarecimento cabal da posição de cada um”.
O clube salienta o facto de o presidente da SAD, Bruno de Carvalho, ter aguardado hoje pela presença do jogador e seus representantes, os quais “uma vez mais, não compareceram à reunião agendada”.
Mais informa o Sporting, “para entendimento de toda esta situação”, que por diversas vezes neste processo “foi alcançado um entendimento com os representantes do atleta”, ficando o acordo final “dependente de conversa com o jogador”.
“Sempre que se estabelecia um acordo e era marcada reunião para formalizar o mesmo, apareciam sempre novas exigências por parte dos seus representantes”, denuncia o clube de Alvalade, que avança com um exemplo concreto para que se perceber “o tipo de exigências” que era feito pelos representantes de Bruma.
Trata-se da proposta de renovação que o Sporting apresentou ao jogador, a qual “contemplava que este ficasse com 10% dos seus direitos económicos numa transação futura”.
No entanto, segundo o Sporting, o seu representante, Cátio Baldé, rejeitou liminarmente esta proposta porque “exigia que essa percentagem, em vez de ser dada ao jogador, fosse para si”.
A concluir, o clube de Alvalade reforça que, desde o início deste processo, “atuou sempre com total lisura e boa-fé na defesa dos superiores interesses do Clube e no respeito e salvaguarda dos interesses do jogador”.
O jogador Bruma era, quinta-feira, aguardado na Academia de Alcochete para iniciar os trabalhos da nova época, mas não compareceu. Estava, também, agendada para esta tarde, às 17 horas, uma reunião entre a SAD “leonina” e o jogadores e seus representantes, mas os últimos faltaram à mesma.
O processo de renovação de Bruma arrastava-se há semanas, sem que se vislumbrasse um entendimento face às posições públicas assumidas pelos representantes do jogador, o seu tutor, Cátio Baldé, e o advogado Bebiano Gomes, que surgiu envolvido no processo depois de ser anunciada uma alegada rutura entre o jogador e o seu empresário, Pini Zahavi.