A Sonae Indústria registou, no primeiro semestre deste ano, prejuízos de 7,2 milhões de euros, em sentido contrários aos lucros de 2,4 milhões de euros obtidos no período homólogo de 2019.
Em comunicado, a empresa dá conta que, por sua vez, “o volume de negócios consolidado do primeiro semestre do ano atingiu 94,9 milhões de euros, uma redução de 18,4% face ao mesmo período do ano passado, devido essencialmente ao negócio da América do Norte com menores volumes de vendas”.
De acordo com o grupo, a evolução das vendas “foi claramente afetada pelo surto de covid-19, com impactos negativos significativos em abril (-44% face a abril 2019) e maio (-34% face a maio de 2019), mas com uma recuperação material em junho, apesar de ainda estar abaixo do nível do ano passado (-16% face a junho de 2019)”.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da empresa da Maia, “atingiu cerca de 10,3 milhões de euros no período em análise, uma redução de 2,3 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado”, informou a Sonae Indústria.
A empresa deu conta ainda que o valor total dos seus capitais próprios, “no final de junho de 2020, era de cerca de 112,4 milhões de euros, o que representa uma redução de 4,7 milhões de euros quando comparado com março de 2020”, um valor explicado principalmente “pelo impacto negativo dos resultados líquidos no trimestre”.
“Os resultados da Sonae Indústria, desde a segunda metade de março e particularmente no segundo trimestre de 2020, foram significativamente afetados pelo surto de covid-19 e respetivas medidas extraordinárias de contenção impostas pelas autoridades nas várias regiões em que a Sonae Indústria exerce atividade (nomeadamente Europa, América do Norte e África do Sul)”, ressalvou o grupo.
Neste panorama, “a redução do volume de negócios levou a um impacto negativo significativo na rentabilidade da Sonae Indústria, dado que alguns dos itens importantes da sua estrutura de custos são fixos, como as depreciações (relevantes numa indústria altamente intensiva em capital), ou pelo menos não são suscetíveis de serem totalmente reduzidos com a diminuição da atividade”, explicou.