Em Portugal faz-se com frequência exercícios políticos e de ciência politica, já para não falar de demagogia, que confundem o comum dos mortais. Julgo que a ideia será mesmo essa… Confundir tudo e todos, porque todos sabemos que em terra de cegos… quem tem olho é rei.
Felizmente, na Maia não funciona assim… Enquanto uns discutem reduções de taxas de IMI à milésima que podem poupar em média aos cidadãos entre 2-5 eur, na Maia reduzem taxas municipais em mais de 50%!!! Sim leu bem… foram aprovadas reduções de taxas de foro municipal em cerca de 50% do seu valor inicial. Isto sim é ajudar os munícipes, isto sim é poupança efectiva no bolso dos cidadãos, isto sim é ganho efectivo do poder de compra.
Reconheço a minha limitação na área económica, mas sou bom ao conversar com as pessoas que me contactam diariamente, que me falam das suas preocupações, que me relatam as suas dificuldades… que vivem e lutam como cada um de nós.
Reconheço a necessidade de uma análise económica rígida, bem feita, bem delineada, isenta e rigorosa. Mas há medida que nos afastamos do cerne do que é ser e fazer politica – As Pessoas – os gráficos, a ciência, mas sobretudo a demagogia deixa de fazer sentido. A ciência faz sentido em situações laboratoriais controladas, rígidas, com controlo das variáveis parasitas e das restantes variáveis. Por isso quantos dos fármacos que funcionam em laboratório, depois não passam para prática e falham na sua adequação.
A ciência, a análise, o gráfico, a projecção, e todos os palavrões analíticos são efectivamente muito importantes para nos mostrarem caminhos de reflexão que podem conduzir a decisões. Mas nunca podemos deixar de integrar estas informações com o quotidiano de todos, e a sua aplicabilidade na prática real, isto sim é fazer política, isto sim é ter em conta as pessoas que nobremente elegem responsáveis para cuidarem delas e dos seus interesses.
Mais uma vez, o executivo maiato fez o estudo através de um parceiro externo, consultou as suas contas e decidiu… na minha humilde opinião … muito bem.
Associa a esta decisão, alargamento de taxas de isenção e diminuição de taxas na área da construção e outras promotoras de fixação de investimento na cidade que muito beneficiarão os maiatos.
A terminar, e mesmo até como médico, tenho de congratular mais uma vez a minha cidade pela iniciativa da “Cidade Amiga dos Idosos” que na Maia existe desde 2013 sendo uma das 7 cidades fundadoras deste movimento em Portugal. Esta iniciativa inclui série de iniciativas e programas que abrangem áreas como o lazer, a cultura, a actividade física, o desporto e mesmo o diálogo entre gerações. Espera-se com estas iniciativas proporcionar um envelhecimento activo, seguro e saudável durante mais tempo. Os conhecimentos e reconhecimento da importância do nosso senado são deveras importantes para sabermos de onde viemos e para onde queremos ir. Por isso mesmo quando os jovens se revêem, reconhecem a importância e tentam aprender com os mais experientes, só pode significar que a nossa sociedade caminha no sentido correcto.
Na maia, e com muita felicidade minha, é isto: as Pessoas são a nossa política.
Ricardo Filipe Oliveira,
Médico;
Doc. Universitário UP;
Lic Neurof. UP;
Mestre Eng. Biomédica FEUP,
Não escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.