O presidente da Câmara Municipal da Maia culpa as portagens na A41 pelo congestionamento da Via Norte.
António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia, assinou na edição de hoje do Jornal de Notícias um artigo de opinião no qual afirma que a “utilidade da Via Norte perdeu o sentido”.
Num breve texto, o edil alerta que “o estrangulamento da Via Norte é, hoje, um gravíssimo problema com impactos ambientais e económicos difíceis de calcular”. Silva Tiago afirma que “é justo e urgente” retirar as portagens da A41 para “desanuviar o trânsito na Via Norte”.
O autarca lembra que “a Via Norte e a própria VCI, em conjunto com a A28, permanecem como as únicas vias com perfil de autoestrada do sistema viário da Área Metropolitana a norte do rio Douro que não são portajadas, o que explica a enorme sobrecarga de trânsito que as entope e aumenta o seu risco de sinistralidade”.
“A realidade atual deste troço da N14, ao qual a única alternativa semelhante é aceitar ser portajado, atenta inequivocamente contra os interesses das empresas, das famílias e dos cidadãos da Maia, do Porto, de Matosinhos e de todos os concelhos a norte do Porto, prejudicando naturalmente a capital do Norte e, no fim de contas, o próprio país”, declarou Silva Tiago.
Alterações à entrada na Maia
O presidente da Câmara Municipal da Maia, no mesmo artigo de opinião, deixa ainda uma alternativa para a organização da Via Norte, entre a UNICER e a bifurcação com EN13, que considera “subaproveitada”.
“Uma vez que a via da direita em direção à Maia apenas dá acesso à EN13, poderia ter continuidade para norte, pelo menos até ao nó com a Via Periférica da Cidade da Maia (Maia Sul), facilitando a fluidez do tráfego que se adensa nas horas de ponta”, afirma o autarca.