A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e a Ordem dos Médicos estimam que mais de 12 milhões de consultas e cirurgias fiquem por fazer. No melhor dos cenários, serão dez milhões.
Um estudo da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e da Ordem dos Médicos sobre o impacto da covid-19 no Serviço Nacional de Saúde (SNS) prevê que, até ao fim do ano, se a evolução da pandemia continuar assim, cerca de 12,5 milhões de consultas e cirurgias vão ficar por fazer em Portugal.
Segundo o Expresso, a previsão é que o acompanhamento nos centros de saúde seja o mais atingido. No melhor dos cenários, dez milhões de atendimentos e cirurgias não serão realizados.
Face à pandemia de covid-19, a prestação assistencial tem diminuído drasticamente. No cenário mais otimista, as mais de 20 milhões de consultas presenciais de enfermagem ou de medicina geral e familiar realizadas em 2019 deverão cair este ano para apenas 12 milhões. Na eventualidade de uma segunda vaga, a queda será para metade.
“Devíamos ter maximizado a capacidade do SNS entre maio e setembro para compensar a paragem de março a abril. Houve algum aumento na atividade mas, ainda assim, não chegou sequer perto dos valores de 2019”, critica o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço.
A psicologia é a área mais atingida, seguida pela pneumologia, imunoalergologia e otorrino. Os rastreios a cancros também vão continuar a diminuir. Ainda esta sexta-feira, António Lacerda Sales disse que o Ministério da Saúde está a “acelerar o processo” dos rastreios aos diferentes cancros.