A empresa portuguesa Frulact, especializada em preparados à base de fruta para a indústria alimentar, vai investir 18 milhões de euros numa nova fábrica do Canadá , geografia escolhida para reforçar a ligação ao mercado norte-americano.
“A Frulact definiu o mercado norte-americano como prioritário para suportar a sua estratégia de crescimento e globalização” devido ao seu potencial, diz João Miranda, presidente da Frulact, acrescentando que este é já o terceiro continente “onde estaremos presentes com instalações industriais”. Para já, o mercado norte-americano tem um consumo de iogurte, por exemplo, três vezes abaixo da média europeia e, por isso mesmo, João Miranda acredita “no potencial de crescimento” e quer dar cartas neste segmento.
Esta nova unidade vai produzir ingredientes para incorporação em produtos lácteos, gelados, pastelaria, bebidas e molhos, explica o responsável. Quando a nova unidade estiver concluída a Frulact contará com sete unidades: duas fábricas na Covilhã, uma em França, duas em Marrocos e uma na África do Sul. “Temos sede na Maia, com 140 pessoas, onde temos também o FRUTECH – Centro de IDI de suporte ao Grupo (com 45 técnicos). Esta é a estrutura de suporte a todas as nossas plataformas industriais”, especifica João Miranda. A Frulact está também a estudar um investimento uma nova fábrica nos próximos anos mas ainda não está definida a sua localização. Em 2017 o grupo Frulact empregará cerca de 700 pessoas, revela ainda o presidente do grupo.
Questionado sobre os resultados financeiros do grupo em 2016, João Miranda revela que a faturação chegará aos 110 milhões de euros mas escusa-se a avançar previsões de crescimento para 2017. O objetivo do grupo é “globalizar a presença da Frulact, pelo que, queremos ir criando manchas de influência”, explica João Miranda, admitindo contudo que este é um processo longo. A Frulact já produz fora de Portugal cerca de 50% do seu volume de negócios. Desta produção, 95% é direcionada para exportações, principalmente para a Europa e para o Médio Oriente.
Fonte: dinheirovivo.pt