O setor da restauração está a marcar uma manifestação na Avenida dos Aliados, contra o recolher obrigatório e o encerramento dos estabelecimentos a partir das 13 horas.
Segunda-feira, 9 de novembro, pelas 7 da manhã, os profissionais dos setores da restauração, hotelaria, eventos, vinhos e distribuição, saem aos Aliados para se manifestarem. Em causa está a crise que o setor está a atravessar, devido às medidas aplicadas no combate à pandemia de Covid-19, que será agravada com o recolher obrigatório anunciado pelo Governo.
“A pão e água” é o nome da manifestação e pretende transmitir o estado em que se encontram os trabalhadores e proprietários de estabelecimentos. “Há vários trabalhadores que já não estão a receber e todos os dias encerram mais estabelecimentos”, confessa ao NOTÍCIAS MAIA um dos organizadores da manifestação, garantindo que “com estas medidas o Governo está a matar o setor da restauração, que tem sido um dos que mais riqueza tem criado”.
Os profissionais de hotelaria e restauração afirmam que “há risco de fome” e sublinham que serão os principais prejudicados pelas últimas medidas aplicadas pelo governo.
“É incompreensível que o Governo continue a tratar este setor de maneira tão assimétrica”, sublinha Pedro Maia, proprietário de restaurantes na Cidade da Maia, Vila do Conde e Porto.
O Governo decretou o recolher obrigatório, durante o estado de emergência que se inicia esta segunda-feira e se prolonga durante 15 dias. Durante os dias úteis, o recolher obrigatório vigora entre as 23.00h e as 05.00h e ao fim-de-semana entre as 13.00h e as 06.00h, mas apenas nos próximos dois fins-de-semana (14,15 e 21,22 de novembro). Esta medida aplica-se nos 121 concelhos que registarem mais de 240 novos casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias.