Foram Maia, foram Santo Tirso, até que há 22 anos os trofenses só arredaram pé da frente da Assembleia da República com um novo concelho, o da Trofa.
Ano de 1998, milhares de trofenses, terra vizinha, fronteiriça ao concelho da Maia, mobilizam-se em frente à Assembleia da República. O objetivo era sair dali emancipados, com um concelho, porque a identidade já lá estava.
Lá dentro, no hemiciclo, os deputados iriam aprovar na generalidade e na globalidade a elevação de Trofa a Concelho. Foi o culminar de anos de trabalho. Tocou-se o hino Nacional, o Hino da Trofa, e já de madrugada foram 130 os autocarros necessários para transportar os trofenses para o novo município.
É preciso recuar a 1989, ano em que foi criada a Comissão Promotora do Concelho da Trofa, com o objetivo de atingir a autonomia administrativa do território. A meta de chegar a cidade já tinha sido ultrapassada em 1981.
Em 1990, na Assembleia de freguesia de S. Martinho do Bougado, ficou decidido nomear uma Comissão que estudasse a possibilidade de elevar a Trofa a Concelho, contando com as oito freguesias que se situavam no lado oeste de Santo Tirso. Esta conta com dois autarcas socialistas que não hesitam ir contra a vontade do partido.
Em 1991, logo no ano seguinte, foi apresentada na Assembleia da República a que seria a primeira petição para a criação do novo município. O caminho estava traçado.
Em janeiro de 1998 a petição foi atualizada, contando agora com todos os requisitos preenchidos para os trofenses verem as suas pretensões atingidas.
As oito freguesias da Trofa (São Martinho de Bougado, Santiago de Bougado, Covelas, Muro, Alvarelhos, Guidões, São Romão do Coronado e São Mamede do Coronado), foram desagregadas, por Divisão Judicial, da Maia em 1835 e agregadas ao concelho de Santo Tirso em 1836.