Francisco Sá Carneiro foi uma de sete vítimas mortais da queda de um avião em Camarate. Até hoje, persiste a dúvida se terá sido acidente ou atentado.
A 4 de dezembro de 1980 o país recebia a notícia de que Francisco Sá Carneiro, então primeiro-ministro, e Adelino Amaro da Costa, ministro da Defesa, haviam perdido a vida num acidente de avião.
Há exatamente 40 anos, os dois políticos partiam de Lisboa, rumo ao Porto, para um comício de campanha no Porto, mas a aeronave C421 onde seguiam acabou por despenhar-se poucos minutos depois em Camarate, concelho de Loures.
No desastre aéreo morreram ainda mais cinco pessoas, a tripulação e restante comitiva: Snu Abecassis, Manuela Amaro da Costa, António Patrício Gouveia, Jorge Albuquerque e Alfredo de Sousa.
Debate: acidente ou atentado?
A conclusão da investigação da Polícia Judiciária, encerrada nos anos 80, foi de que a queda do avião se tratou de um acidente. Depois de comissões, investigações e inquéritos, foi também essa a conclusão do Ministério Público.
Mas, apesar deste desfecho, e segundo uma reportagem da RTP, houve quem defendesse a hipótese que se tratou de uma sabotagem dirigida a Adelino Amaro da Costa, ministro da defesa, que estaria a investigar operações de venda de armamento que envolviam o Estado Português.
Sabotagem ou acidente, a verdade é que, naquele dia 4 de dezembro de 1980, Portugal perdeu uma figura incontornável da política nacional.
Homenagem
Em 1990, o então aeroporto de Pedras Rubras, passou a chamar-se Aeroporto Francisco Sá Carneiro, em homenagem ao antigo primeiro-ministro português. A homenagem aconteceu aquando da inauguração de uma nova aerogare.