Já ocorreram reuniões com as Câmara Municipais da Maia e de Matosinhos, entre outras entidades.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (Site-Norte) alerta para a “incerteza” quanto ao futuro da refinaria de Matosinhos da Galp, onde a produção de combustíveis foi suspensa “indeterminadamente” e a monobóia desativada.
Face à situação, o Site-Norte/Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose e Papel (Fiequimetal) diz ter realizado “várias reuniões com entidades camarárias e governamentais”, designadamente a Câmara Municipal da Maia, a Câmara Municipal de Matosinhos, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a Comissão Executiva da Área Metropolitana do Porto, os grupos parlamentares do PCP, PEV, BE e PS e os ministérios do Trabalho, da Economia e do Ambiente.
“O momento atual no complexo industrial é de enorme incerteza e vulnerabilidade no que diz respeito à sua continuidade como um dos maiores polos industriais existentes no norte do país”, refere o sindicato num comunicado distribuído na quinta-feira aos trabalhadores da Petrogal, em Matosinhos. Falando num “forte ataque, ainda que dissimulado, por parte da administração da Galp Energia, que não pode passar despercebido às forças vivas da região”, o Site-Norte diz que “os sinais são muito claros”.
“A suspensão da produção de combustíveis indeterminadamente, parando equipamentos que, recordamos, foram considerados na altura como o garante do futuro e competitividade da refinaria é sem dúvida revelador do momento delicado que atravessamos”, sustenta.
Por outro lado, refere, é também sintomática “a desativação da monobóia, que, na altura em que foi colocada em serviço, significou um salto qualitativo em termos de rentabilidade do petróleo bruto tratado nas instalações da refinaria, minimizando o risco de paragens por inoperacionalidade do posto A no Terminal de Leixões e consequente pagamento de sobreestadias dos petroleiros”.
“Até ao momento não obtivemos respostas concretas por nenhuma entidade para as nossas preocupações quanto ao futuro da Refinaria do Porto e dos seus trabalhadores”, lamenta o sindicato, questionando se “alguém acredita na sobrevivência da refinaria, funcionando apenas com o que resta da fábrica de aromáticos, o remanescente da fábrica de combustíveis e a fábrica de óleos?”.
Exigindo “a retoma plena da atividade da fábrica de combustíveis, pois os avultados investimentos que aí foram realizados são o garante do emprego, da criação de riqueza e do desenvolvimento da economia regional e do país”, o Site-Norte alerta que “esta situação necessita do envolvimento de todos os trabalhadores, sejam eles quadros superiores ou intermédios da Petrogal ou prestadores de serviços, assim como a população da região Norte em prol da continuidade da Refinaria do Porto e na defesa dos postos de trabalho”.