O Tribunal da Relação do Porto agravou de sete para nove anos o tempo de prisão dos traficantes e somou o pagamento de 640 mil euros ao Estado.
O Tribunal da Relação do Porto agravou de sete para nove anos de prisão as penas do casal de chineses condenado por ter mantido uma mega estufa de canábis, num armazém da Maia.
Além da pena de prisão, agora agravada em dois anos, o casal terá ainda de pagar ao Estado cerca de 640 mil euros.
Recorde-se que a estufa de canábis foi desmantelada em julho de 2019 e, num primeiro julgamento, o Tribunal de Matosinhos entendeu sentenciar o casal com sete anos de prisão e o ajudante com seis. Este outro homem envolvido vivia nas instalações da antiga fábrica e era a pessoa responsável pela plantação e pelo tratamento da estufa. Estava ilegal em Portugal e, na altura da detenção, alegou que nem sabia em que país estava.
O casal envolvido era detentor de vistos Gold. Ambos declaravam poucos rendimentos mas, em quatro anos, as contas bancárias indicavam vários movimentos que totalizavam mais de 650 mil euros.
O lucro de manter esta mega estufa era quase total porque, para além do investimento inicial em lâmpadas e tecnologias para a produção intensiva de canábis, que consome bastante energia, os indivíduos não gastavam um cêntimo em eletricidade. O equipamento era alimentado através de uma ligação ilegal, a partir de um posto de transformação. A EDP estima o prejuízo em cerca de três milhões de euros. Este processo será julgado à parte.