Emília Santos afirmou que nesta fase da vacinação, que engloba maiores de 80 anos e pessoas com mais de 50 anos e comorbilidades, esperam-se cerca de 18 mil pessoas no Centro de Vacinação da Maia.
O Centro de Vacinação Avançada da Maia, situado no polo de Gemunde da Junta de Freguesia do Castêlo da Maia, começou esta segunda-feira, 22 de fevereiro, a vacinar pessoas com mais de 80 anos. Até ao final da semana, com a chegada de mais vacinas, começaram a ser chamados também os utentes maiores de 50 anos e com as comorbilidades previstas no plano de vacinação.
Emília Santos, vereadora da saúde da Câmara Municipal da Maia, esteve no Centro de Vacinação neste dia 23 de fevereiro, aquando da visita do secretário de Estado da Mobilidade, e, em resposta aos jornalistas, explicou que se esperam 18 mil pessoas nesta fase de vacinação.
A também vice-presidente da autarquia garantiu que a Maia colocou à disposição das autoridades de saúde dez centros de vacinação e que essa poderá ser uma realidade numa fase posterior.
Em relação a este centro de vacinação, há um conjunto de esforços reunidos: Câmara, Juntas de Freguesia, voluntários…
Emília Santos (ES): Há uma parceria chapéu entre a Câmara Municipal e a ARS Norte no sentido de unir esforços para montar esta estrutura e depois há um conjunto de outras parcerias que se uniram no sentido de dar funcionalidade a este Centro de Vacinação. Refiro-me em concreto a todas as Juntas de Freguesia, às forças de segurança, à Cruz Vermelha Portuguesa e às corporações de bombeiros, que se juntaram para que este espaço fosse funcional no sentido de conseguir mobilizar toda a população do concelho para esta localidade. É lógico que a maior parte das pessoas chegam em transporte próprio mas há muitas outras que, até por uma questão de dificuldade de mobilidade se vêm obrigadas a pedir apoio da Cruz Vermelha e também dos Bombeiros para poder chegar cá.
Este é o único Centro de Vacinação pensado aqui para a Maia?
ES: Nesta fase, sim, ainda que a Câmara Municipal da Maia tenha colocado à disposição do Ministério da Saúde um mapa com dez centros de vacinação, um por freguesia, que poderá avançar numa fase posterior quando massificarmos a vacinação à população, provavelmente no segundo semestre. Mas isso também depende da decisão da Task-Force no sentido de saber se vamos recorrer às farmácias comunitárias e se a vacinação vai ser exclusivamente nos centros de saúde. Aguardamos que haja uma norma orientadora no que diz respeito ao futuro da vacinação em Portugal.
Para já, o que fizemos é, de uma forma pró-ativa, colocarmo-nos sempre na frente do combate e dizer que a Câmara está disponível para colaborar com mais dez espaços. Depois a decisão está do outro lado.
Dizer também que quando colocamos à disposição os espaços, colocamos também à disposição do Serviço Nacional de Saúde um conjuntos de recursos humanos, logísticos e financeiros para que as estruturas funcionem. Só aqui, hoje, temos dez técnicos e assistentes operacionais da Câmara Municipal e motoristas com carrinhas para transporte de utentes. Também todas as infraestruturas de conectividade e informática fomos nós que montamos. A logística ficou à responsabilidade da Câmara Municipal com o grande apoio da Junta de Freguesia, que cedeu as instalações e tudo o que aqui tinha.
Quantos médicos e enfermeiros estão alocados aqui?
ES: Cada turno tem dois médicos e dezasseis enfermeiros. São dois turnos porque o Centro funciona das 8h00 às 20h00 ininterruptamente. Este edifício tem capacidade para inocular 360 doses diárias, ainda que, nesta fase, como estamos a inocular pessoas com bastante idade, se aproxime mais das 250 pessoas. Isto porque demora mais tempo e para que as pessoas não se sintam tão constrangidas. De cada vez que inoculamos uma pessoa, estão a entrar duas, porque o utente entra sempre com uma pessoa de apoio, um familiar. Portanto numa manhã que é suposto inocular 125 a 150 pessoas, entram 300 pessoas e há que ter espaço e conforto, quer na sala de espera, quer na sala de recobro, onde as pessoas têm de estar 30 minutos depois da inoculação.
Qual é a previsão de chegada de vacinas? As doses que o centro tem atualmente dão para quantas pessoas?
ES: Essa é uma resposta que a Direção Geral de Saúde ou o ACES Maia/Valongo poderia dar com mais precisão. Aquilo que posso assegurar é que, neste momento, as vacinas que estamos a administrar são da Pfizer. Só na quinta-feira é que chegam as vacinas da AstraZeneca, o que significa que só a partir de dia 25 é que poderemos começar a chamar a população com mais de 50 anos com comorbilidades e que estão previstas na norma. Portanto, até quinta-feira estamos a chamar só os mais idosos.
A Câmara Municipal tem ideia de quantas pessoas vão ser chamadas nesta fase, que engloba as pessoas com mais de 80 anos e maiores de 50 anos com comorbilidades?
ES: Eu julgo que andava à volta das 18 mil pessoas. Mas entretanto, no passado fim-de-semana, já vacinamos as forças de segurança e as associações humanitárias dos bombeiros, que não estão contabilizadas nessas 18 mil pessoas.