A TAP vai comprar equipamentos da Groundforce por 7,5 milhões de euros, o que permitirá desbloquear o pagamento dos salários e impostos em atraso, passando a empresa de ‘handling’ a pagar à companhia aérea pelo aluguer deste material.
“Estivemos reunidos com o ministro [das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos] esta manhã, que nos transmitiu que iria haver uma proposta por parte da TAP de compra de material por 7,5 milhões [de euros], que seria posteriormente alugado à Groundforce”, disse à agência Lusa João Alves, da Comissão de Trabalhadores (CT) da empresa de ‘handling’ (assistência em aeroportos).
Segundo referiu, trata-se de “uma prática muito usual no mundo da aviação”.
Fonte oficial da Pasogal, acionista maioritário da Groundforce, anunciou hoje que a Groundfore e a TAP chegaram hoje a um entendimento que desbloqueia provisoriamente o impasse na empresa e permite pagar os salários aos 2.400 trabalhadores. Segundo André Teives, porta-voz da Plataforma de Sindicatos dos Trabalhadores de Terra do Grupo TAP, os salários em atraso serão pagos até à próxima segunda-feira.
“O acordo alcançado agrada à Groundforce, até porque é muito semelhante ao que a empresa propôs desde o início. A Groundforce está, naturalmente, satisfeita por ter sido possível encontrar uma solução que permita pagar os salários aos trabalhadores e pôr fim à angústia de 2.400 famílias”, lê-se num comunicado enviado pela empresa de Alfredo Casimiro, acionista maioritário da Groundforce.
A Pasogal, acionista maioritária da empresa de ‘handling’ (assistência de aeroportos) disse ainda que “resolvida a urgência”, “continuará a empenhar os seus melhores esforços, certamente com o apoio dos acionistas Pasogal e TAP, no sentido de resolver a questão de fundo”.