O presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, acusou a Direção-Geral de Saúde (DGS) de esta não ter alertado a autarquia a que preside devido a um caso de “doença dos legionários”, detetado na água da torre de arrefecimento de uma unidade industrial localizada no concelho. À semelhança do autarca, a população do concelho tem vindo a manifestar o seu desagrado para com a DGS, lamentando nas redes sociais a falta de informação disponível, principalmente sobre a área afetada.
Em declarações prestadas à agência Lusa, o autarca afirmou que não foi contactado pelo que desconhece a origem do caso e por conseguinte encontra-se “sem dados para poder por em ação” os seus meios de Proteção Civil.
“Acho grave que não avisem a Câmara. Não sabemos de nada. Devíamos ter sido alertados para acionarmos meios no sentido de salvaguardar a população. Deveríamos ter meios para podermos vigiar a zona, mas nem sabemos onde é, e proteger a população em causa”, afirmou o edil maiato.
Bragança Fernandes confirmou ainda que procurou informação junto das estruturas locais ligadas à Saúde, nomeadamente delegações locais, mas estas apontaram “não saber de nada”.
Por seu lado, o vereador maiato com o pelouro da Proteção Civil reprovou o facto de “a informação tornar-se pública por ação da comunicação social”, sem que antes a autarquia tivesse sido contactada.
De acordo com a direção-geral de saúde, o caso de legionella confirmado foi sinalizado na última semana de fevereiro.