Maia, Matosinhos, Santo Tirso e Valongo vão unir esforços para a recuperação ecológica do rio e a valorização paisagística, cultural e socioeconómica do território que ele atravessa.
Os municípios da Maia, Matosinhos, Santo Tirso e Valongo assinaram esta segunda-feira, 31 de maio, em Santo Tirso, a escritura de constituição da associação de municípios Corredor do Rio Leça.
Segundo o portal de notícias do Município da Maia, “o objetivo principal [da associação] é a recuperação ecológica do rio e a valorização paisagística, cultural e socioeconómica do território que ele atravessa, desde a nascente até à foz, bem como, a promoção de conhecimento, novas oportunidades de mobilidade suave, lazer e estadia ao longo do rio, sensibilização ambiental, valorização do contacto com a natureza, dos serviços de ecossistema e da vida ao ar livre”.
A Corredor do Rio Leça – Associação de Municípios é a primeira associação intermunicipal do país a ter como objetivo a recuperação de um rio, dedicando-se a partir de agora à gestão, execução e manutenção do plano estratégico de recuperação do Rio Leça.
Na cerimónia, António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia, sublinhou que “todo o percurso desenvolvido até aqui pelos quatro municípios dá-nos a certeza de que a despoluição e a fruição do rio Leça pelas populações vão ser uma realidade. O Leça é estratégico para o território. É uma riqueza que foi negligenciada por sucessivas gerações mas que irá finalmente ser devolvido à população e induzir a criação de riqueza e benefícios ambientais”.
Uma das ações a realizar por este grupo de trabalho será a candidatura ao programa REACT EU que, segundo informação divulgada pelo município da Maia no início de maio, corresponderá a 4 milões de euros.
“A Maia já investiu largas dezenas de milhões de euros no rio Leça”
No início do mês de maio o NOTÍCIAS MAIA questionou a Câmara Municipal sobre a totalidade do investimento no Rio Leça. Sem revelar um número certo, a autarquia garantiu que “a Maia já investiu largas dezenas de milhões de euros no rio Leça e nos seus afluentes”.
Mais ainda, explicou que “aquele que mais impacto produziu no rio foi, sem dúvida, a rede de recolha e tratamento de esgotos, que atualmente chega a 100% do nosso território”.