O grande objetivo deste centro, único na Península Ibérica, é tratar os animais e devolvê-los à vida selvagem para que se possam reproduzir e contrariar o declínio populacional da espécie.
Abriu na Cidade da Maia, na Rua Central do Sobreiro, o CRIDO – Centro de Recuperação e Interpretação do Ouriço.
O Dia Mundial do Ambiente, celebrado a 5 de junho, foi a data escolhida para marcar a abertura daquele que será um espaço dedicado ao ouriço e onde o grande objetivo é tratar os animais e devolvê-los à vida selvagem para que se possam reproduzir e contrariar o declínio populacional da espécie.
A criação deste CRIDO partiu de uma iniciativa da Amigos Picudos – Associação para a Preservação e Proteção dos Ouriços, uma associação sem fins lucrativos sediada na Maia desde janeiro de 2013, e contou com o apoio da autarquia na cedência do espaço. O CRIDO é o único centro na Península Ibérica dedicado em exclusivo à recuperação destes animais.
Em declarações ao NOTÍCIAS MAIA, Clarisse Rodrigues, uma das responsáveis pelo centro, explica que, atualmente, está a tratar cerca de 38 animais. Um número que se torna expressivo principalmente por ser, para já, um trabalho voluntário. Uma realidade que mudará em breve, com uma contribuição do município da Maia e com a candidatura a vários fundos europeus.
Clarisse confessa que é uma amante desta espécie desde criança mas que está muito preocupada porque “eles estão a desaparecer”.
A Associação Amigos Picudos é a única entidade no país que se dedica exclusivamente a estes animais. Para além da recolha e reabilitação de animais em risco, desenvolve um vasto programa de sensibilização para a importância desta espécie, enquanto sinal de vida selvagem em meio urbano, rural e no equilíbrio dos ecossistemas.
A inauguração do Centro de Recuperação e Interpretação do Ouriço contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Maia, António da Silva Tiago e da vereadora do Pelouro do Ambiente, Marta Peneda.