A primeira edição da Escola Europa, que ocorreu em Alcalá de Henares, cidade universitária perto de Madrid, contou com a participação da maiata Helena Gens. Foram selecionados 50 alunos espanhóis e portugueses, em função do seu currículo e proposta de candidatura.
A Escola Europa tem como objectivo aproximar os jovens da realidade europeia, dar a conhecer as políticas da UE e as suas instituições.
Os oradores convidados foram portugueses e espanhóis, Deputados ao Parlamento Europeu, membros ou ex-membros do Governo ou personalidades de prestígio no âmbito social, académico ou profissional.
Helena Gens tem 24 anos, está no sexto ano do mestrado integrado em medicina, na Faculdade do Porto, e conta-nos um pouco da sua experiência nesta primeira edição da Escola Europa.
NM: O que a levou a candidatar-se à Escola Europa?
Inscrevi-me nesta iniciativa uma vez que pretendia aprofundar os meus conhecimentos acerca da temática da Europa, da sua génese, da sua estrutura e papel nas decisões sociopolíticas internacionais.
De facto, o meu interesse pela temática da Europa tem sido cada vez maior, devido às questões políticas que atualmente têm sido debatidas. Na verdade, os diversos acontecimentos que ocorreram nos últimos tempos, pondo em causa a continuação da estrutura europeia como a conhecemos, fizeram-me reflectir sobre como poderíamos ultrapassar as dificuldades que a Europa enfrenta. Numa era em que a Globalização assume um papel crescente no futuro da Europa, pretendia debater acerca das diversas questões europeias com pessoas igualmente interessadas nestas temáticas. A minha inscrição nesta Escola Europa foi fruto da minha vontade de perceber como é que nós, europeus, poderíamos tornar a Europa mais competitiva, capaz de ser um leal desafio para quem a procura, perante um mundo em constante mundança a nível político, económico e social.
NM: Como descreve a experiência?
Esta 1ª edição da “Escola Europa” foi, sem dúvida, uma experiência de grande importância para o meu crescimento pessoal, assim como para o meu papel como cidadã europeia. Na verdade, foi deveras interessante puder contactar não só com estudantes portugueses e espanhóis igualmente interessados na temática da Europa, mas também com deputados, eurodeputados e outros dirigentes políticos, capazes de nos dar a sua perspectiva realista de como se desenrolam as várias questões económicas, políticas e sociais ao nível do Parlamento Europeu.
Foram dias de intensa aprendizagem, mas foi também uma experiência plena de conteúdo e de ferramentas para a minha valorização pessoal, no que diz respeito ao meu potencial de argumentação, discussão e reflexão acerca dos temas debatidos.
NM: Qual considera ser a importância deste tipo de formações?
Eventos como a Escola Europa são, na minha opinião, um investimento na nossa formação como pessoas, cidadãos activos Europeus.
Desde início que as minhas expectativas em relação a este evento eram elevadas; porém, a qualidade desta Escola foi bastante além do que imaginava. Na verdade, toda a partilha de experiências, reflexão, discussão e trabalho em equipa que ocorreram, tornam-me mais sensível para as várias questões abordadas, assim como mais dotada de conhecimentos para puder pensar criticamente acerca das mesmas.
Adicionalmente, foi uma oportunidade única e um privilégio puder representar o meu país, a nível Europeu, perante entidades de grande renome, as quais tornaram este evento uma experiência de aprendizagem memorável, enriquecedora e inesquecível.