A empresa emitiu um alerta, informando que a partir das 8:30 horas da manhã, o serviço deverá estar condicionado.
A STCP – Sociedade de Transportes Colectivos do Porto informou, esta quarta-feira, dia 4 de agosto, que devido à realização de um Plenário Geral de Trabalhadores da empresa, os serviços vão sofrer perturbações na manhã da próxima quinta-feira, dia 5 de agosto.
“Todas as viagens com partida até às 8h30 estão asseguradas. A partir dessa hora, poderão começar a verificar-se perturbações de serviço, prevendo-se maior incidência a partir das 9h00”, esclarece a empresa em comunicado enviado à redação. As perturbações deverão fazer-se sentir até às 14 horas, altura em que “o serviço retomará progressivamente a normalidade”.
Os clientes de títulos Andante poderão usar, como alternativa de transporte, os operadores aderentes – Metro do Porto e CP – Comboios de Portugal e outros operadores rodoviários, nas respetivas áreas de validade/ zonamentos.
O coordenador da Comissão de Trabalhadores da STCP, Mário Ramos, explicou hoje que o plenário pretende informar os trabalhadores sobre a situação social da empresa que, tal como outros operadores, registou quebras de receita devido à pandemia de covid-19.
A STCP aprovou, no dia 30 de junho, em Assembleia-geral, as contas individuais e consolidadas de 2020, ano em que se registou uma diminuição “nunca antes vista” da procura, transportando menos 27,5 milhões de passageiros, tendo fechado as contas com um prejuízo de cerca de 12 milhões de euros.
Na mesma altura procedeu-se à eleição do novo Conselho de Administração, que passa a ter três membros, em vez de cinco, tendo sido reconduzindo Manuel Queiró como presidente executivo.
No plenário será ainda feito um balanço do processo de intermunicipalização da STCP, que está desde o início do ano na esfera intermunicipal, sendo a gestão da operadora de transporte público assumida pelos municípios do Porto, Gaia, Gondomar, Matosinhos, Valongo e Maia, que assinaram em 28 de agosto de 2019 um memorando de entendimento com o Governo.
“Nós, para todos os efeitos, estamos a começar a falar com as câmaras neste momento. As câmaras tomaram conta efetivamente da empresa em 28 de dezembro do ano passado, certo é que há muitos poucos dias é que houve Assembleia-geral dos acionistas da empresa. Isto ainda é um bebé recém-nascido”, afirmou aquele responsável.
Mário Ramos salienta que, contrariamente ao que acontece com a Carris, em Lisboa, que foi absorvida por uma autarquia, a Comissão de Trabalhadores da STCP tem de dialogar e ouvir seis câmaras, “num contexto de pré-campanha eleitoral que complica tudo isto”.
“A questão da revisão salarial devia estar fechada em março, como está previsto no acordo de empresa, certo é que uma das consequências de não haver assembleia-geral, plano e orçamento aprovado a tempo e horas, foi a de que o percurso normal da empresa não fosse seguido. E, portanto, uma situação que já devia estar ultrapassada desde março, estamos agora a trabalhar nela”, disse, indicando que a revisão salarial será também um dos temas em discussão no plenário de quinta-feira.