Hugo Salgueiro, presidente da Juventude Socialista da Maia, bateu com a porta em desacordo com a forma como a nacional impôs Francisco Vieira de Carvalho, sendo contra “a politica do vale tudo onde, para vencer, atropelam-se princípios e valores basilares, do próprio partido”.
O pedroucense, Hugo Salgueiro, membro da Assembleia de Freguesia de Pedrouços eleito pela coligação PS/JPP em 2017, bateu com a porta e decidiu avançar com uma candidatura independente. O líder da Juventude Socialista (JS) maiata apresentou no Tribunal uma lista candidata à Assembleia de Freguesia de Pedoruços, com a designação “Hugo Salgueiro por Pedrouços”.
O autarca que é igualmente presidente da Assembleia Geral do Pedrouços Atlético Clube, entende que “o que se passou com o processo autárquico na Maia foi vergonhoso, lamentável e não dignifica, em nada, os princípios e valores fundadores do Partido Socialista”. Explicou que não pode “aceitar decisões autocráticas e tamanha prepotência por parte dos órgãos nacionais”, acrescentando que “falta muita, mas mesmo muita, cultura democrática no Partido Socialista, onde se tornam vencedores em vencidos e vencidos em vencedores”.
Ao jornal NOTÍCIAS MAIA, Hugo Salgueiro afirma que a Nacional do PS demonstrou uma enorme “falta de respeito, em primeiro lugar pela Dra. Teresa Almadanim, e em segundo lugar por toda a estrutura concelhia, pela forma como avocou o processo”.
“Não houve, nunca, um contacto por parte de quem está a gerir este processo autárquico na Maia, com a estrutura da JS. Por isso, do que tenho conhecimento, poucos ou mesmo nenhum militante da JS irá fazer parte das listas do PS. E isto acontece devido a algum rancor com a posição que a estrutura da JS tomou em comissão política a favor da candidata Teresa Almadanim”, referiu Hugo Salgueiro.
O líder da JS Maia garantiu que estava tudo preparado para que ele fosse o candidato do PS à referida Freguesia e, como tal, apresentou a sua lista: “Fomos os primeiros do concelho a submeter uma lista candidata às eleições”, a partir daí, o partido tomou a decisão que entendeu.
Questionado sobre a possibilidade de sofrer um processo disciplinar, afirmou-se tranquilo e preparado para responder nos locais próprios, se for caso disso, até porque, afirma, a sua lista foi entregue e poderia ter sido apoiada pelo PS.
Recorde-se que PS e JPP pretendiam renovar a coligação criada em 2017, mas não conseguiram submeter corretamente o requerimento obrigatório e viram o Tribunal Constitucional chumbar o pedido. Como resultado, o PS concorrerá sozinho absorvendo nas suas listas os candidatos do JPP, como é o caso do cabeça de lista, Francisco Vieira de Carvalho.
As eleições autárquicas estão marcadas pelo Governo de António Costa para o próximo dia 26 de setembro.
2 comentários
Parabéns Hugo, ainda há quem tenha princípios e não se deixe vender por “tuta e meia”.
Não acredito que não se tenha demitido do PS, ou o PS o demitir, ditadores que não respeitam a decisão do Partido, não servem o coletivo, nem tem autoridade para criticar os outros.