Empresa confirma existência de casos positivos entre a tripulação.
Um assistente de bordo da Ryanair, em isolamento profilático à covid-19, denunciou, esta segunda-feira, que há um foco da doença na base do Porto, lamentando que a empresa não obrigue a testar tripulantes antes de cada voo.
“Neste momento tenho conhecimento de sete casos confirmados de covid-19 na base do Porto da Ryanair. Poderão estar muitos mais tripulantes, mas como a Ryanair não exige a realização de testes antes de cada voo não há forma de saber e de controlar a doença”, denuncia o hospedeiro da Ryanair, que pede anonimato por medo de represálias.
Segundo o tripulante de cabine, alguns dos casos de colegas com covid-19 foram descobertos porque as pessoas “foram forçadas” a fazer o teste.
“Tenho conhecimento de várias situações de falsas informações prestadas às autoridades por parte dos trabalhadores, não por parte da Ryanair. Tanto quanto sei, ninguém se identifica como trabalhador da Ryanair, nem que são hospedeiros a trabalhar a bordo das aeronaves”, disse.
Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da Ryanair confirmou hoje que “há um pequeno número de tripulação de cabina baseada no Porto que está atualmente fora da escala após o teste positivo à covid-19”.
“A Ryanair cooperou totalmente com a autoridade de saúde local e qualquer tripulação considerada com contacto próximo de casos confirmados foi imediatamente removida da lista das escalas em total conformidade com as diretrizes da autoridade de saúde local”, acrescenta a Ryanair, numa resposta por escrito.
O hospedeiro apela à empresa Ryanair para que exija testes aos seus trabalhadores antes de cada voo para prevenir casos de tripulantes que tenham estado em contacto com colegas positivos à covid-19.