Sindicato acusa a tutela da educação de “bloqueio negocial” que se estende há anos.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e a Federação Nacional da Educação (FNE) anunciaram esta quarta-feira, 20 de outubro, que vão convocar uma greve nacional de professores para o dia 5 de novembro, uma semana antes da greve nacional da função pública, marcada para 12 de novembro.
“A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2021 veio confirmar o desrespeito do governo pelos professores e educadores ao ignorar em absoluto os seus problemas e, também, o seu inestimável contributo para o sucesso dos alunos”, justifica a Fenprof no comunicado enviado às redações.
Na mesma linha, a FNE argumenta que da primeira apreciação que fez do OE2022 “ignora a realidade e esquece os profissionais da Educação”.
A data escolhida para esta greve coincide com o dia “em que o ministro da Educação estará na Assembleia da República para defender a indefensável proposta de Orçamento do Estado para 2022, na área da Educação“.
A Fenprof entende que a proposta de Orçamento do Estado para 2022, apresentada pelo Governo, “é completamente omissa em medidas que visem dar resposta a estes e outros problemas que também afetam as condições de organização e funcionamento das escolas, tais como a redução do número de alunos por turma ou o reforço de recursos humanos, docentes e não docentes, das escolas”.
Os professores reclamam também a revogação do processo de municipalização da Educação que está em curso, a democratização da gestão das escolas e a criação de condições nas escolas “para que a Educação seja efetivamente inclusiva”.
Além desta greve, os professores ponderam outras ações de luta, que serão discutidas e votadas na reunião do Conselho Nacional da Fenprof que terá lugar nos próximos dias 22 e 23 de outubro.
A greve de professores e educadores antecede a greve nacional da função pública convocada pela Frente Comum para o dia 12 de novembro.