Várias alunas relatam episódios semelhantes mas o diretor refuta todas as acusações. Ao NOTÍCIAS MAIA, o Acro Clube da Maia reitera confiança no diretor, que continua em funções.
Uma ex-aluna da SALTO – International Circus School, na Maia, acusou o diretor da escola de assédio sexual. A reportagem é do Público e dá conta de que uma aluna terá apresentado queixa na Polícia Judiciária contra o diretor da escola de circo.
Segundo testemunhos da jovem ao Público, o diretor da escola fazia piadas e comentários sexuais e tinha comportamentos impróprios, como tocar-lhe no rabo ou colocar a mão perto da sua zona genital.
A aluna, de 24 anos, de nacionalidade alemã, estaria em Portugal a frequentar um curso na Escola de Circo. A queixa foi apresentada em fevereiro de 2020 tendo sido agora noticiada.
A jovem já foi ouvida no decorrer do processo e, em setembro, foi criada uma página nas redes sociais a denunciar este caso e a dar conta de relatos de outras jovens que frequentavam a escola. A página de Instagram, denominada “Stop Abusing Us” (Parem de abusar de nós), partilha vários testemunhos de jovens assim como a fotografia, com os olhos tapados, do suposto agressor.
O visado, garantiu ao Público que as acusações não são verdadeiras e que acredita que tudo se trata de “questões financeiras”.
Ao NOTÍCIAS MAIA, Fernando Barros, diretor do Acro Clube da Maia, explica que, até ao momento, a instituição não tem “qualquer tipo de informação” sobre a investigação e a queixa. “Ainda não fomos notificados para prestar declarações” – acrescenta o responsável, eu lamenta a exposição pública deste caso ainda antes de ser concluída a investigação.
“A única informação que temos é da carta que a aluna nos enviou, o resto soubemos pela notícia do Público”, diz ainda.
Sobre a confiança no diretor, que é também professor de ginástica no Aro Clube, Fernando Barros explica que foi desenvolvido um inquérito interno e que, depois de concluído “não havia matéria para suspender a sua atividade”.
Desta feita, Tiago Maia continua a exercer funções como diretor da Salto e como treinador no Acro Clube da Maia.
“Estamos serenos, confiamos a 100% na atitude do nosso colaborador. Já trabalhamos com ele há mais de 20 anos. Nunca existiu nunca este tipo de questão”, defende o responsável.
“Estranhamos tudo o que está a acontecer mas aguardar serenamente o percurso da justiça”, termina.
Sobre a suposta suspensão da Federação Europeia de Escolas Profissionais de Circo, Fernando Barros explica que esta normativa não afetou em momento algum o funcionamento da escola, que “nunca parou por causa disto”.