Tal como o NOTÍCIAS MAIA avançou no final de agosto, o concelho da Maia vai ter um parque de matilhas para acolher grupos de cães errantes. O objetivo deste parque é retirar estas matilhas das ruas e colocá-las num espaço ao ar livre onde lhes serão assegurados cuidados diários e alimentação.
Inicialmente, ao nosso jornal, a vereadora do Ambiente afirmou que o parque deveria estar concluído no final de setembro. Agora, dois meses depois dessa data, o NOTÍCIAS MAIA voltou a contactar Marta Peneda para perceber o estado da obra.
Questionada sobre a conclusão da obra, Marta Peneda garantiu que o Parque de Matilhas “já está concluído desde o final de novembro, e só ainda não recebeu as primeiras matilhas porque aguarda a instalação de ramal de água e saneamento por parte do SMEAS”.
A vereadora sublinha que o “Parque de Matilhas constitui há muito uma prioridade para a autarquia que, diariamente, lida com esta problemática, associada às queixas que nos chegam por parte dos nossos munícipes”.
Maiatos queixam-se das matilhas de cães
São várias as publicações, em grupos de moradores da Maia nas redes sociais, que denunciam matilhas nas ruas do concelho. Os maiatos queixam-se da falta de segurança e garantem que as chamadas para o CROAM – Centro de Recolha de Animais da Maia são em vão, pela sobrelotação do espaço.
Uma realidade que Marta Peneda conhece e garante ser a razão pela qual o município decidiu construir o Parque de Matilha.
Sobre a sobrelotação do CROAM, a responsável explicou que “a questão do CROACM é transversal à maioria das autarquias e prende-se com a lotação constante e permanente, em virtude do aumento acentuado do abandono animal”. “É um problema que temos vindo a combater com muita sensibilização, campanhas de adoção e esterilização”, acrescenta.
Questionada sobre outros projetos para recolher os animais da rua, Marta Peneda avançou que “foi, finalmente, adjudicado o projeto para a construção do nosso CEBEA – Centro de Excelência e bem-estar Animal, em Milheirós”. Recorde-se que este projeto foi apresentando em setembro de 2017.
Com uma área total de cerca de 18 mil metros quadrados, segundo a vereadora explica, este espaço terá “um conjunto de valências associadas à proteção, bem-estar e qualidade de vida animal”. Está pensada uma “clínica, auditório, petshop, sala de exposições, cemitério, percursos lúdicos e salas de voluntariado”, e ainda uma “área para recolha de animais para adoção, tratamento e reabilitação”.