Passados praticamente três meses das eleições autárquicas, foi esta segunda-feira, dia 13 de dezembro, eleita a Mesa da Assembleia de Freguesia do Castêlo da Maia. O resultado foi alcançado já à terceira tentativa, após a eleição dos Vogais da Junta de Freguesia ter acontecido a 5 de novembro, numa segunda reunião. A primeira reunião tinha ocorrido a 6 de outubro, com a instalação da Assembleia.
Tal como já tinha acontecido com os Vogais da Junta de Freguesia, também a Mesa da Assembleia foi eleita por sete votos a favor e seis votos contra, em mais uma sessão com forte participação do público do Castêlo da Maia. Todos os membros eleitos para estes órgãos pertencem à coligação PSD/CDS-PP “Maia em Primeiro”, a única força política que apresentou listas a votação na Assembleia.
Um dos pontos que colocava os deputados em desacordo teve de ser sanado e esclarecido através de um parecer solicitado à CCDR-N, respeitante à forma de apresentação dos boletins de voto para a eleição dos órgãos. Enquanto a oposição pedia que os boletins de voto, no caso de lista única, apresentassem quadrados para voto a favor e contra a lista, a coligação “Maia em Primeiro” defendia que apenas deveria existir um quadrado para a intenção de voto. Este desacordo levou ao abandono da primeira sessão, por parte do PS e do Compromisso Castêlo, e consequente suspensão por falta de quórum. O referido parecer, divulgado aos deputados esta segunda-feira, esclareceu que ambas as possibilidades estariam corretas.
Esta terceira reunião ficou ainda marcada pela desvinculação de um deputado eleito pelo Partido Socialista, que abandonou a bancada do PS e de ora em diante se apresenta como independente.
A sessão terminou em clima bastante quente, tendo o cabeça de lista do PS abandonando a sala já após a aprovação da ata, visivelmente indignado após uma troca de palavras com o Presidente da Junta de Freguesia, tendo até recorrido ao uso de impropérios.
Nas eleições de 26 de setembro de 2021 a coligação PSD/CDS-PP obteve seis mandatos, com 35,3% dos votos, tendo perdido a maioria absoluta conquistada quatro anos antes. O PS recebeu cinco mandatos com 31,6% e o Comproisso Castêlo Movimento Independente ficou com dois mandatos, fruto dos 12,4% obtidos nas urnas.