Um estudo realizado por investigadores japoneses nas Universidades de Tóquio, Kumamoto, Hokkaido e Quioto classificou que esta linhagem é bastante mais grave e contagiosa em comparação com a variante Ómicron, podendo, inclusive, chegar aos pulmões e tendo mais capacidade de infetar pessoas vacinadas.
De acordo com o ensaio publicado na plataforma BioRxiv (repositório aberto de pré-publicação direcionado às ciências biológicas), a capacidade de reprodução da subvariante BA.2 é 1,4 vezes maior que a verificada com a primeira linhagem da Ómicron, podendo se propagar pelo Mundo com muito mais facilidade e provocar covid-19 mais grave. Com base em dados epidemiológicos de vários países, os investigadores japonenses chegaram à conclusão de que, em comparação com a versão original, a BA.1 apresenta mais de 50 diferenças na estrutura viral, o que equivale a praticamente o dobro das mutações que existiam entre a Delta e a primeira variante de coronavírus.
Esta subvariante é também resistente a alguns tratamentos, incluindo sotrovimab, que se carateriza por ser um tratamento com anticorpos monoclonais usado atualmente contra a covid-19. De qualquer forma, a dose de reforço da vacina recompõe a proteção, tornando a doença após a infeção cerca de 74% menos provável.
Recorde-se que a estirpe BA.2 da variante Ómicron foi detetada pela primeira vez em Portugal no final de dezembro do ano passado.