O conflito entre Rússia e Ucrânia está longe de conhecer o fim. Esta segunda-feira, dia 21 de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu publicamente a independência das repúblicas separatistas ucranianas, Donetsk e Luganks, depois de ter transmitido essa mensagem a Emmanuel Macron e Olaf Scholz. Uma decisão que poderá abrir a porta ao confronto bélico entre as duas nações.
Esta decisão unilateral russa é uma violação dos acordos de paz de Minsk, assinado em 5 de setembro de 2014, por representantes da Ucrânia, da Rússia, da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk, que colocaram fim à guerra no leste da Ucrânia.
Em reação ao anúncio, a União Europeia (UE) anunciou, por Josep Borrell, alto representante da diplomacia comunitária, que vai reagir a uma eventual independência das repúblicas separatistas.
Já Emmanuel Macron convocou uma reunião de emergência com conselho de segurança nacional francês.
As Nações Unidas também reagiram oficialmente, ainda antes do anúncio oficial de Putin, apelando a que não sejam tomadas “ações unilaterais” que possam pôr em causa a integridade territorial da Ucrânia:
“Encorajamos todos os envolvidos a absterem-se de qualquer decisão unilateral ou ação unilateral que possa pôr em causa a integridade territorial da Ucrânia”, afirmou o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, acrescentando que “todas as questões devem ser abordadas através da diplomacia”.
Nas declarações públicas, Vladimir Putin referiu que a Ucrânia é uma parte da história russa, sublinhando que os ucranianos definiram-se como russos durante séculos:
No que considera serem factos históricos, o líder russo afirmou que a Ucrânia só é um Estado independente porque os líderes soviéticos decidiram tornar a Ucrânia uma das repúblicas da União Soviética. “Lenine foi o criador da Ucrânia”.