A Área Metropolitana do Porto (AMP) vai, até finais do ano de 2025, investir vários milhões provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na implementação do Plano de Ação para as Comunidades Desfavorecidas. Os 17 municípios, que contam com problemas semelhantes entre eles, foram agrupados em seis lotes e irão receber um total de 120 milhões que será repartido pelos vários municípios da AMP.
o plano de acção distribuir-se-á por três eixos de intervenção, sendo que os municípios de Gaia e do Porto são aqueles que arrecadam a maior verba.
Metade do montante será atribuído à cultura, educação, economia local, emprego, saúde e dinamização social. A outra metade será para a regeneração do espaço público. O lote centro-oriental, “onde a precariedade social e habitacional e os níveis de pobreza e exclusão social comprometem a coesão metropolitana”, e que integra o Porto e Gondomar, receberá 24,6 milhões de euros.
Pelas “problemáticas ao nível das baixas qualificações, desemprego” e da população mais velha, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e Arouca, que constituem o lote sul, recebem também 24,6 milhões de euros. Às comunidades piscatórias de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim (lote litoral norte), destina-se um montante de 20,3 milhões de euros.
O centro-sul (Gaia e Espinho), “um tecido urbano industrial e de serviços, com as vulnerabilidades a manifestarem-se nos níveis de desemprego e no emprego com baixas remunerações e nos baixos níveis de qualificação profissional”, receberá uma quantia de 20,2 milhões de euros.
O interior norte (Maia, Santo Tirso e Trofa) terá 16,5 milhões para a valorização do ensino profissional e na formação ao longo da vida.
Por fim, os municípios de Paredes e Valongo (lote oriental), que convergem “na juventude populacional, nos níveis médios de escolaridade e qualificação profissional baixos e no emprego industrial, com impacto evidente nos rendimentos, registando ainda carências em matérias de cuidados e serviços”, estarão prontos para receber uma verba de 13 milhões de euros.
Esta ação de intervenção estará a ser executado até ao 31 de Dezembro de 2025 nos 17 municípios da AMP, sendo 50% do total da dotação financeira destinada a intervenções de natureza imaterial (cultura e criatividade, educação, cidadania e empoderamento de comunidades, emprego e economia local, saúde, dinamização social) e os restantes 50% para as intervenções de natureza material/infra estrutural (regeneração do espaço público).